FASCISMO

QUEM É MAIS FASCISTA, A ESQUERDA OU A DIREITA?





Ultimamente o termo “fascistas” vem ganhando destaque em vários discursos e narrativas políticas. Na medida que alguns movimentos têm a necessidade de politizar tudo, o termo ganhou mais projeção, principalmente se considerarmos uma variação ou substituição de termos na Lei de Godwin (Teoria elaborada por Mike Godwin – a lei faz chegar ao Ponto de Godwin:  "À medida que uma discussão online se alonga, a probabilidade de surgir uma comparação envolvendo Adolf Hitler ou os nazistas tende a 100%."). Acredito que está clara onde entra a substituição.

Tentaremos aqui abarcar o histórico do surgimento do fascismo, bem como a formação filosófica do pensamento fascista. Começando por esse último, podemos citar alguns importantes pensadores que influenciaram o Fascismo. O primeiro é Georges Eugène Sorel. Pergunta rápida: Já ouviu algum professor de história comentar sobre ele? Sorel era francês e teórico do sindicalismo revolucionário. Foi um Marxista heterodoxo, contudo foi influenciado por Pierre-Joseph Proudhon (já esse é considerado um dos primeiros anarquistas – para conhecer mais, seria interessante ler Rumo à Estação Finlândia de Edmund Wilson e saber como era seu “relacionamento” com Marx, que o comparava a socialistas como Owen, Fourier, Blanc e Saint Simon). Alguns podem se enganar sobre os pensamentos de Proudhon quanto “propriedade é roubo” e “propriedade é liberdade”. A ideia parte que a propriedade passa a ser roubo quando o capitalista a detém, assim torna-se liberdade quando o produto produzido pelo coletivo passa a ser do coletivo. Apesar de ser revolucionário, Proudhorn queria uma transformação não violenta, mas através da moral e da ética. Daí que sai a influência desse em Sorel. Prodhorn fez poucas críticas a Marx, mas influenciou bastante Bakunin, o qual criticava Marx: se os marxistas tivessem êxito em ocupar o poder, eles iriam criar uma ditadura de partido "em tudo mais perigosa porque ela se apresentaria como uma falsa expressão da vontade do povo." (Michael Bakunin: Selected Writings). Sorel odiava o jacobinismo, o domínio da burguesia e a forma de governo parlamentarista. Sorel influenciou tanto Mussolini (fascismo), quanto Gramsci (comunismo). Também influenciou anarcossindicalistas como Walter Benjamin (para saber mais sobre este aspecto de Benjamin, sugerimos Mente Imprudente de Mark Lilla).




Outro filósofo de grande influência no fascismo foi Giovanni Gentile. Pergunta rápida de novo: Já ouviu algum professor de história comentar sobre ele? Nascido em 1875, ele foi um dos filósofos mais influentes do mundo na primeira metade do século XX. Gentile acreditava que havia dois tipos de democracia "diametralmente opostos". Uma é a democracia liberal, como a dos Estados Unidos, que Gentile rejeita como individualista - muito centrada na liberdade e nos direitos pessoais - e, portanto, egoísta. O outro, diz Gentile, é a "verdadeira democracia", em que os indivíduos voluntariamente se subordinam ao estado. Para ele, o fascismo é uma forma de socialismo - de fato, é a forma mais viável. Enquanto o socialismo de Marx mobiliza as pessoas com base na classe, o fascismo mobiliza as pessoas atraindo a sua identidade nacional e sua classe. Os fascistas são socialistas com identidade nacional (nada diferente do post sobre a entrevista de Hitler ao The Guardian). Os fascistas alemães na década de 1930 eram chamados nazistas - basicamente uma contração do termo "socialista nacional". Portanto o entendimento que se deve ter é que existem de fato mais formas de socialismo, pois até Marx mencionou isso no panfleto Manifesto Comunista – portanto é de inteiro desconhecimento ou apenas um jogo semântico e linguístico sujo negar que as bases nazifascistas são socialistas. Para Gentile, toda ação privada deve ser orientada para servir a sociedade; não há distinção entre o interesse privado e o interesse público: os dois são idênticos. E quem é o braço administrativo da sociedade? Não é outro senão o estado. Consequentemente, submeter-se à sociedade é submeter-se ao estado - não apenas em questões econômicas, mas em todos os assuntos. Como tudo é político, o estado começa a dizer a todos como pensar e o que fazer.

          Depois de comentar sobre os dois principais filósofos fascistas, cabe ainda ressaltar que Gentile foi Ministro da Instrução Pública de Mussolini e que o mesmo usava a escola para doutrinar (esse te lembra algo?). Não é à toa que Antonio Gramsci foi influenciado por ambos: "este organismo (o Príncipe de Maquiavel) já vem do desenvolvimento histórico e é o partido político: a primeira célula na qual se resumem as sementes de vontade coletiva que almejam tornar-se universais e totais". Ou seja, existe a necessidade de criar uma cultura própria dos trabalhadores e que se relaciona com o apelo de Gramsci por um tipo de educação que permite o surgimento de intelectuais que partilhem das paixões das massas de trabalhadores, surgindo assim os intelectuais orgânicos. Gramsci, assim como os fascistas, acreditava que o capitalismo não cairia para dar lugar a sociedade socialista. Assim como o fascismo e nazismo, o gramscismo é contrário ao materialismo metafísico. A partir dessa crítica, a grosso modo, o gramscismo inverte os conceitos de infraestrutura e superestrutura de Marx.


           O termo fascista tornou-se um xingamento político do pior grau (atualmente). Ninguém, para ofender, chamaria um fascista de fascista, por questões óbvias. Portanto o termo “fascista” se transformou em xingamento político que não possui mais o significante ideológico. A cada 10 palavras que sai da boca de esquerdistas, duas ou três remete ao “fascista”. No imaginário comum o fascismo é o inferno na terra, contudo um socialista não tem a menor ideia que o fascismo é uma forma de socialismo mais democrático. Tendo essas ideias, fica fácil perceber o porquê de um direitista ficar indignado em ser chamado de fascista, já que não remete em nada ao conservadorismo e ao liberalismo clássico. Poucos socialistas sabem que Mussolini foi secretário de um partido trabalhista em Trento e membro também de um partido socialista local, seu editor do jornal O Futuro do Trabalhador. Publicou O Trentino visto por um Socialista. Escreveu romance anticlerical que só foi retirado de circulação quando Mussolini deu trégua ao Vaticano. Durante seu período socialista, ele era conhecido como Herege Sincero, porém rompe com o socialismo, pois os socialistas achavam Mussolini radical.

        O inspetor geral escreveu (Mediterranean Fascism 1919-1945 Edited by Charles F. Delzel, Harper Rowe 1970):


            “A respeito de Mussolini Professor Benito Mussolini,...38, socialista revolucionário, tem um registro policial; professor de escola primária qualificado a ensinar em escolas secundárias; ex-primeiro-secretário das Câmaras em Cesena, Forli, e Ravenna; após 1912, editor do jornal Avanti! pelo qual deu uma orientação violenta, sugestiva e intransigente. Em outubro de 1914, encontrando-se em oposição à direção do partido Socialista Italiano, porque advogou um tipo de neutralidade ativa por parte da Itália na Guerra das Nações contra a tendência absoluta de neutralidade do partido, retirou-se no vigésimo mês na diretoria do Avanti! Então, dia quinze de novembro [1914], iniciou a publicação do jornal Il Popolo d'Italia, onde apoiou - em contraste com o Avanti! e em meio a amargas polêmicas contra o jornal e seus partidários-chefes - a tese da intervenção italiana na guerra contra o militarismo dos Impérios Centrais. Por esta razão, foi acusado de indignidade moral e política e o partido então decidiu expulsá-lo. Posteriormente, ele... encarregou-se de uma campanha muito ativa em favor da intervenção italiana, participando de demonstrações em praças e escrevendo artigos bastante violentos em Popolo d'Italia...”

              Em seu resumo, o inspetor também observa:

            “Ela era o editor ideal para o Avanti! para os socialistas. Neste trabalho, foi muito apreciado e amado. Alguns de seus antigos companheiros e admiradores ainda confessam que não havia ninguém que compreendesse melhor a forma de interpretar o espírito do proletariado e não havia ninguém que não tivesse observado sua apostasia com tristeza. Isto não ocorreu por razões de interesse pessoal ou dinheiro. Ele foi um defensor sincero e apaixonado, o primeiro de neutralidade circunspeta e armada, e depois, da guerra; e ele não acreditava que era comprometido com sua honestidade pessoal e política fazendo uso de todos os meios - não importando de onde vieram ou onde poderia obtê-los - para pagar pelo seu jornal, seu programa e seu curso de ação. Este foi seu curso inicial. É difícil dizer até que ponto suas convicções socialistas (que ele nunca abjurou aberta ou privadamente) poderiam ser sacrificadas no curso dos negócios financeiros indispensáveis, que foram necessários para a continuação da luta que foi comprometido... Porém, supondo que estas modificações não tenham lugar... ele sempre quis dar a aparência de ainda ser um socialista, e se enganou ao pensar que este era o caso.”

         Acho que ficou claro que Mussolini era socialista e bastante admirado até apresentar certa postura radical sendo acusado de indignidade moral e política, sendo assim expulso do partido socialista. Ou seja, expulso por não ser neutro absoluto, mas por defender uma neutralidade ativa. Seu pai era um ativista anarquista (lembra de Proudhorn?) tão fervoroso que colocou o nome de Mussolini em homenagem a um reformistas mexicano¹ e dois socialistas italianos² (Benito¹ Amilcare² Andrea² Mussolini). Alessandro Mussolini era um socialista e republicano, mas também sustentava algumas visões nacionalistas, especialmente no que diz respeito aos italianos que viviam sob o governo do Império Austro-Húngaro, o que não era consistente com o socialismo internacionalista da época, ou seja, algo nacionalista (repito que difere do marxismo, porém existem outras formas de socialismo). O que levou Benito Mussolini ao socialismo foram suas influências, além de seu pai e o trabalho ferraria, ele também estudou Nietzsche, Pareto e Sorel, creditando como maiores influências o marxista Charles Péguy e o sindicalista Hubert Lagardelle. O que impressionou profundamente Mussolini foi a ênfase que Sorel dava à necessidade de derrubar a democracia liberal (e seu filho o capitalismo) pelo uso da violência, ação direita, greve geral e o uso do neo-maquiavelismo apelando à emoção (isso te lembra algo?).

 Em 1922 Mussolini, através da “marcha sobre Roma”, sobe ao poder dando fim a democracia liberal. Através dos camicie nere(camisas negras), combateu diretamente os socialistas que o expulsaram, assim alcançou a maioria parlamentar consequentemente aumentando seu poder. Para obter o poder absoluto procurou apoio na burguesia e na Igreja, culminando no fim da Questão Romana. (Parece familiar uma alta burguesia milionária e a igreja apoiando um partido político?). 

      Mussolini fez uma forma de Governo aplicando o Corporativismo, assim como Vargas implementou no Brasil (não estranho a CLT e a Carta del Lavoro). Ou seja, uma política feita por sindicatos contra os patrões, criando assim duas classes: trabalhadores e capitalistas. Tal ideia faz lembrar aquele mantra em que “se a classe operária tudo produz, ela deve governar o futuro do mundo”. Neste caso fascista acreditam também em sindicatos, em trabalhadores contra patrões e direitos trabalhistas, sendo que isso é diametralmente oposto a políticas liberais e conservadores, desde a “Inglaterra Imperialista”. O que nos faz lembrar que Hitler fez um pacto com Stalin, o famoso Pacto Ribbentrop-Molotov, contra a “Inglaterra imperialista” e que Lenin e Balabanoff conheceram Mussolini, o qual se uniu ao movimento socialista marxista quando estava na Suíça. Mussolini era tão parecido com Lenin que ambos escreviam para jornais revolucionários em seus países, o italiano Avanti! e o russo Faísca (Iskra). São fatos simples da história que desmentem a versão oficial da historiografia marxista atual.

         Muitos professores de história repetem a palavra “Imperialismo”, num primeiro momento contra britânicos, num segundo momento contra americanos, mas esquecem que Mussolini também lutava contra o imperialismo. Por volta de 1910, ele era considerado um dos mais proeminentes socialistas de Itália. Em setembro de 1911, Mussolini participou de um motim, liderado por socialistas, contra a guerra italiana à Líbia. Ele denunciou amargamente a “guerra imperialista” italiana feita para capturar a capital da Líbia (Tripoli), ação esta que lhe custou 5 meses de prisão.Em 1912 o Partido Socialista Italiano (PSI) possuía dois ramos: os reformistas e os marxistas. O primeiro era liderado por Filippo Turati. Advinha quem liderava a ala marxista do PSI? Quem vê as coisas de fora, observa aquilo que quem se encontra do lado de dentro se nega a admitir: a fruta apóstata raramente cai longe da árvore ortodoxa. É evidente que Mussolini foi mais inteligente que os socialistas na sua época, até porque chegou ao poder. Mas qual foi o motivo pelo qual Mussolini teve mais sucesso que os socialistas? Será que ele teve certas percepções e se afastou de certos conceitos considerados paradigmas do socialismo? Sim, Mussolini percebeu que o socialismo mais o nacionalismo tinha um apelo de massas superior ao socialismo puro e simples. Sim, Mussolini percebeu que o socialismo ficaria mais forte se ele se aliasse com a Igreja em vez de tentar destruí-la. Sim, Mussolini percebeu que a apropriação em massa da propriedade privada devastaria a economia. E sim, Mussolini percebeu que a palavra “socialismo” alienaria milhões de italianos que estariam de outro modo receptivos à sua mensagem. Mas isto não faz de Mussolini um socialista radical que traiu tudo aquilo em que acreditava, mas sim um socialista radical que se livrou de dogmas socialistas periféricos como forma de desbravar o caminho entre ele e o poder absoluto. Talvez ele tenha seguido um modelo mais idealista do que materialista, ou até mais realista como Gentile e Sorel idealizavam, modelo esse também defendido por Gramsci, porém de forma mais ética como Proudhorn.
         Contudo, se Mussolini tivesse mantido a etiqueta socialista e tivesse evitado a aliança com Hitler (outro socialista – ler Socialismo Alemão ou “Verdadeiro” no Manifesto Comunista de Marx), Mussolini hoje poderia ser um ícone esquerdista tão grande como Che Guevara, assim como Vargas é. Vargas era fã do modelo político de Mussolini e Hitler.


            Atualmente eu considero que a esquerda chegue mais próximo do fascismo que a direita. Essa afirmação ganha força quando nos deparamos com fatos como propostas de regulamentação de imprensa (o nazi fascismo regulou a impressa e era contrário a liberdade de expressão), fichamento de calouros na USP por militantes de esquerda, adoração e apoio a ditadura brutal de Maduro na Venezuela com a desculpa do “Imperialismo Americano”, estudantes do “Coletivo Contraponto” que seguem o plano de Norberto Ceresole, o neonazista mais famoso da Argentina e principal assessor de Hugo Chávez: fichar judeus, aqueles que não fazem parte do “sangue e da terra”.Alias, me faz lembrar esse novo antissemitismo disfarçado de antissionismo. Recentemente o presidente da autoridade Palestina pediu desculpas por declarações sobre perseguições a judeus na Europa, continente esse que recebe inúmeros imigrantes de origem muçulmana cuja a maioria é de islâmicos. Nas declarações o presidente Abbas, cujo doutorado é sobre uma negação ao Holocausto, relatou que as perseguições históricas à judeus se deve ao seu comportamento e não a questão religiosa. Tais declarações soam bastante nazista e nos lembra para quem Gleisi Hoffmann fez declarações na Al Jazeera, lembrando a todos sobre quem apoiava a Palestina provocando certa característica islâmica, ou cobrança, sobre dívida. Para o islâmico uma dívida deve ser paga. Lembrando também o líder religioso muçulmano e líder nacionalista árabe-palestino que “beijou” a mão de Hitler, Al Husseini. Atualmente que defende o Estado da Palestina e que quer acabar com a base ética judaico-cristão.



            De fato os regimes nazistas e fascista pregavam mecanismos de controle da sociedade. Ambos restringiram e criaram políticas desarmamentistas em suas populações. O fato de ambos regimes terem utilizado modelos com economia baseada na propriedade privada, não exclui o fato de se associar à grande empresas controlando-as através de regulamentações. Parece uma típica frase de Eike Batista: "Eu acho que esse mix de Estado e setor privado é saudável". Não seria isso tal prova de fascismo? Não seria prova de economia fascista a associação de grandes empreiteiras e partidos políticos? Já vimos, por questões históricas da proximidade filosófica do fascismo e do socialismo, até porque ambos são estatistas, ambos são contra o livre mercado, ambos querem controlar o comportamento das pessoas (seja por restrições normativas ou através de uma moralidade imposta - o politicamente correto) e ambos usam a política para transformar as pessoas em "pessoas do bem", ou seja, uma forma que a própria ideologia encara como "pessoa do bem" - aquela que luta pela causa. Diferentemente do Conservadorismo ou do Liberalismo, o fascismo (assim como o socialismo) possuem fé no Estado. Já as duas primeiras colocam o indivíduo acima do Estado. Especificamente o Conservadorismo possui raizes céticas quanto a política. Toda Revolução Gloriosa teve como produto final algo mais liberal e democrático. David Hume era um cético e ao mesmo tempo estabelece o ceticismo como base do Conservadorismo. Muitos esquerdistas falam que o fascismo lhe impõe maneiras de ser, logo o fascismo determinar a forma de você agir. É claro que irão associar isso a direita, mas a direita prega pelo individualismo, não pelo coletivo, pois a melhor maneira de reger todo esse comportamento é de forma coletivista. Assim a direita não possui mecanismos eficientes para controlar o indivíduo, mesmo que isso fosse necessário e mandatório para as ideologias da direita. O Conservadorismo implanta dúvidas na razão em mudar hábitos e reinventar hábitos. Já o fascismo não permite tal dúvida, até porque é um regime imposto.

        Voltando a questão econômica, Adam Smith acredita que o comerciante é a pessoa mais tolerante, pois o mesmo acredita que o comerciante deve atender os clientes, independente de qualquer concepção, para obter lucro. O comerciante quer fazer negócios, ele não deseja mudar seu modo de viver, pelo contrário ele procura se adaptar as demandas de consumo dos indivíduos. O comércio é um comportamento do homem e deve ser mantido e evoluído, mas num sentido liberal e não controlador como os regimes fascistas e socialistas que podemos exemplificar olhando as paginas de política internacional de qualquer jornal e que tendem a controlar, inclusive, o consumo das pessoas. Enquanto o conservadorismo respeita a heterogeneidade humana através dos hábitos e costumes em diferentes camadas e o liberalismo respeita a heterogeneidade através do atendimento dos contratos sociais estabelecidos, o fascismo e o socialismo procuram uma homogeneidade, sendo o primeiro buscando algo reacionário utilizando a história como modelo central (coisa que o nazismo fez através da Sociedade Thule e seus mitos raciais), e o segundo buscando através de um reacionarismos colocando o proletariado como messias escatológico. Perceba que os dois últimos precisam dos coletivos. Assim o Conservadorismo e o Liberalismo não possuem a necessidade de impor as pessoas que pensem de forma coerente e alinhada com a ideologia. Já o fascismo e o socialismo possuem histórico de punir indivíduos contrários aos ditames ideológicos, sem falar que ambos usaram e usam a escola para espalhar sua ideologia através da Doutrinação ou a proibição de determinadas publicações. Não muitos anos atrás, algumas parlamentares queriam proibir publicações estrangeiras no país. Tal fato soa como algo fascista? Deixo essa dúvida para nossos leitores em pesquisar quem era esse grupo.

              As mudanças na sociedade devem ocorrer de forma prudente levando em consideração com a coisa já consolidada e que dá certo. Essas mudanças devem ser livres a ponto da própria ética, costumes e hábitos trabalharem para moldar um novo ethos, portanto algo que se apresenta como mudança com base numa ideologia pensada no campo abstrato tem forte tendência em dar errado. Assim o fascismo e nazismo deram errados, bem como o socialismo dá errado até atualmente. Sintetizando, as mudanças devem ocorrer no varejo e não no atacado como essas doutrinas estabelecem. Sobre questões nacionalistas, deixo o vídeo abaixo para mostrar que regimes de esquerda são tão nacionalistas quanto o fascismo e o nazismo:


              O vídeo deixa claro que o fato nacionalista é abraçado por direitistas e esquerdistas. Achar que Fidel Castro e Che Guevara não são nacionalistas e reduzir a questão. Todos os líderes anti-colonialistas são nacionalistas. Inclusive podemos aqui voltar a questão que tantos professoras de história levantam sobre o "Imperialismo". Não seria nacionalista aquele que luta contra o "Imperialismo Americano"?

                O fascismo é presente naqueles grupos que agem com violência e intimidação. Aqueles que colocam "uniformes", cobrindo o rosto com o objetivo de intimidar, pela violência, qualquer postura ou manifestação de pensamento que se insira de forma contrário a ideologia assumida pelo grupo. Voltamos aos camisas pretas de Mussolini e os camisas pardas de Hitler. Será que um grupo de Black Blocs não se enquadra como fascista? Tivemos a prisão de um ex-Black Blocs na Ucrânia onde o mesmo se alistou no exército rebelde apoiado pela Rússia, alias o Termo Mãe Rússia de Stalin não soa como nacionalista?

Para não deixar o texto chato, deixo o último vídeo abaixo:




https://g1.globo.com/mundo/noticia/presidente-palestino-abbas-pede-desculpas-por-declaracoes-sobre-judeus.ghtml

http://sensoincomum.org/2018/04/27/guten-morgen-60-esquerda-fascista/

http://sensoincomum.org/2018/04/13/fascismo-petista-culto-milicia-paramilitar-midia-fichamento/










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