FAMÍLIA E ESTADO



A VOZ DOS LOUCOS E O DESEJO DE CALAR A FAMÍLIA



Atualmente a sociedade está dando voz a loucos. Loucos que acreditam no socialismo, no feminismo, no hedonismo e em outras formas de controle social. São loucos a ponto de acreditarem cegamente numa igualdade, que naturalmente não existe. O que existe é a ameaça constante ao natural. Para esses loucos criados a mito rousseauniano, o homem é apenas fruto das suas interações com a sociedade. Uma construção social como dizem. Portanto não existe nada essencial. A metafísica sai e entra as ciências sociais. Ela vem com o selo de ciência inquestionável, contudo todos aqueles que acreditam na ciência inquestionável também sou loucos. A todo momento um novo estudo aparece alterando condições e conceitos passados influenciando na vida, no cotidiano. Quem nunca leu algo sobre estudos dizendo que ovo frito faz ou não mal ao homem. Toda semana tem um! 

Novos conceitos científicos são apresentados todos os dias e dependem de um consenso para serem aceitos. Quando um novo consenso é estabelecido, outros caem e alguns outros são modificados. Provamos assim um pouco da relatividade científica. Sim, a ciência é relativa porque precisa de consenso. É um processo epistemológico. Assim como todas as teorias sociais precisam de consenso. Nada mais eficiente que a mídia para criar consenso. Hoje o poder da mídia gerou o consenso que a gravidez é algo abominável, um fardo terrível defendido pelas feministas. O ser humano vai perdendo sua humanidade e a continuidade natural da vida. Todo esse procersso dá margem a escolha pelo prazer. O aborto tornou-se medida contraceptiva porque o sexo é visto apenas como ato de prazer, não mais fruto de um instituto de compromisso (casamento). A família é atacada constantemente pela mídia. É dentro da família que reside a renovação da sociedade. Dentro da família valores e princípios são praticados. Não falo aqui de lares degenerados, pois esses são a minoria, porém a mídia apresenta isso como um problema universal. Não é um problema universal! Pegar um exemplo de lar ruim e generalizar para toda sociedade é errado, bem como apresentar lares prósperos como privilégio. Gostam de dividir a sociedade, usam a linguistica para atrair os menos esclarecidos. Chamam esses de minorias. Os oportunistas são minoria na sociedade, não as pessoas que se deixam influenciar. Todas aqueles que contraem dívidas morais com a sociedade são a minoria, ou você acredita que criminosos são a maioria, que abortistas são a maioria, ou ainda que usuários de drogas são a maioria e assim por diante... Assim digo que uma base familiar forte gera um país forte. Essa história de menina e menina serem construção social é inverdade. Nenhum pai ou mãe cria seu filho pensando nisso já que existe um instinto natural de criar seu filho de acordo com o sexo natural, porém Judith Buttler pensa diferente, que tudo seria uma performace, inclusive nas quesões sexuais. A questão de sexualidade é diferente. Algo que se descobre naturalmente com as mudanças do corpo e sua química gerando tendências para experiências. Não existe construção social nenhuma, até porque o discurso retórico apresentado faz crer que ninguém nasce homem ou melher, porém ser homossexual é algo natural. Existe algo mais natural que ser homem ou melhur? Que gera filhos?

A Família é a base. Se existe um adulto bem sucedido, existe pais (benfeitores) benevolentes na sua história. Não poderia ser diferente, é algo teológico para os pais. A mãe tem a ferocidade natural de defender seus filhos ao mesmo tempo que ensina sobre a devoção, doação e apresenta a primeira forma de amor aos filhos. O pai é aquele que enxerga longe com prudência a ameaças futuras, portanto naturalmente se define a ideia do “pai constrito”. Quando existe a ideia de defesa da família o homem defende sua pátria, seu lar, suas conquistas contra ameaças subversivas. Disso tiramos o conceito patriótico, ou seja, famílias ligadas por princípios e valores dentro de uma determinada região. Ao se extinguir o sentido da família, ao criar a ideia da gravidez ser uma maldição e de colocar as escolhas não mais pelo certo, mas pelo prazeroso, tudo se torna relativo e quem controla a relatividade tem o poder de fato. Com a relatividade o indivíduo, unidade básica da sociedade, será minimizado frente ao Estado. Sendo assim o Estado poderá controlar conceitos de família, pátria e até as relações naturais de pais e mães. Como contrapartida é ofertado hedonismo. O prazer, apenas isso. Algo totalmente mundano, sem propósito, ou melhor, com o propósito que se encerra no próprio ato de prazer. O prazer logo é associado a felicidade e uma falsa percepção de liberdade. Não é difícil perceber isso numa filosofia foucaudiana ou até numa psicanálise freudiana. Tudo é relacionada a tensão sexual. Nesse caminho a sociedade Ocidental vai dando adeus ao mundo, gerando seres castrados moralmente, criados em frente à TV ou a um tablet com algum YouTuber falando o que seus filhos podem ou não fazer. O Ocidente não possui mais homens preparados para se defender, para defender sua família e suas conquistas. Colocam essa responsabilidade nos ombros de outros achando que existe algum falanstério ou entidade provedora do paraíso. Esquecem que no fim todos são homens, nada além disso. Nada além dos defeitos do próprio homem.


Tudo o que é metafísico vem sendo questionado e excluído. A vida está sem propósito, portanto o niilismo toma conta e está cada vez mais profundo nas mentes. Aldous Huxley retratou muito bem isso. O Admirável Mundo Novo já está se formando e não percebemos isso. Ele é criado pelos especialistas que são os protagonistas da mídia. Qualquer um recebe o status de especialista, basta ter um título ou um cargo, até uma participação, basta representar a externalidade de conhecimento. Nem precisa ter o conhecimento de fato, como muitos analfabetos funcionais no Brasil, porém basta um diploma, um cargo e até uma participação num programa de TV para se tornar dono da verdade. Especialistas que dizem para você não comer pão, pois contém glútem, sendo que a humanidade come pão a mais de 3.000 anos. Os especialistas retiram toda evidência intuitiva que você pode ter, portanto nada é verdade fora da opinião do especialista. Tudo precisa de uma chancela da ciência relativista, já mencionada. Nesse passo a ciência torna-se certamente política, basta um consenso para guiar os rumos da sociedade. Muitos aqui já ouviram falar do aquecimento global. Essa pauta é claramente política, inclusive mudou de nome. Hoje ouvimos sobre mudanças climáticas, já que o aquecimento global foi facilmente questionado pelas evidências intuitivas, ou seja, frio!

A sociedade de hoje está castrando pessoas valorosas. No passado eram grandes guerreiros e estadistas, Hoje são concierges do prazer. O sensor de Dever é retirado do cotidiano. O homem não mais precisa buscar sua fonte de alimento. O welfare state gerou infantilidade na sociedade com a retórica da igualdade, excluindo totalmente a equidade e a meritocracia. O Estado age como pai e mãe. Primeiro ele oferece cuidados e alimentos, depois vem com todo vigor para retirar seu trabalho e em consequencia disso sua liberdade. No Brasil trabalhamos quase metade do ano para financiar o Estado. Não é porque o Estado tem a obrigação constitucional de oferecer um serviço que ele será eficiente, de qualidade e abundante. A história nos mostra o contrário, mesmo em países desenvolvidos o Estado não é onisciente e onipotente. Essa ideia de transformar o Estado em Deus, ou melhor, a humanidade em Deus não é recente. O Estado é um entendimento abstrato da sociedade, portanto o Estado está dentro de cada pessoa. Fazendo alusão à Rousseau, o homem é livre para cumprir as leis. Leis essas que podem ser imorais e abusivas, portanto é importante o entendimento abstrato de Estado negativista ou um Estado que coloque o indivíduo acima do próprio Estado. O prefácio da tese doutoral de Karl Marx diz: “A proclamação de Prometeu - ‘em uma palavra, odeio todos os deuses’ - é a profissão de fé da própria filosofia, seu lema contra todos os deuses do céu e da Terra que não reconhecem a autoconsciência humana como divindade mais alta. Não haverá outra além dela”. Aqui Marx coloca o consciente humano como única divindade. É nela que habita a noção de Estado. Só um tolo acredita que a base moral vem de cima para baixo, pois a base moral que deve reger nosso ordenamento jurídico deve vir de baixo. Temos o caso do STF brasileiro que age conforme um Deus querendo impor moral de cima para baixo. Os tolos acreditam em um universo caótico, sempre em metamorfose para relativizar de acordo com seus interesses. Não acreditam na criação, apenas na “evolução”. Isso é característica do tirano, pois esta sempre procurando um inimigo, procurando o caos para se ofertar como solução e proporcionar uma "evolução". Ao impor tiranicamente a moral de cima para baixo, não teremos mais princípios como os naturais. Para muitos o natural não existe mais, por isso a militância do aborto, inclusive usam da ferramenta de imposição do STF (de cima para baixo). 

O Estado abusa das ilusões do povo infantilizado pelo o bem estar social. A promessa de dias melhores sempre parte do Estado, nunca parte do povo mobilizado, organizado para defender o que é seu por direito e dever. É simplório achar que direito está desconectado do dever. Muitas vezes o dever é corrompido gerando atividades corruptas criando uma sociedade doente. Uma sociedade que adoece, vira presa. “A perversão ganha direito de ingresso, a decadência se espalha, a venalidade e a desonestidade multiplicam-se, a imoralidade reina solta, os homens honestos são punidos por dizerem a verdade, as legiões abandonam a fronteira”. Em circunstâncias normais a sociedade se une para lutar contra o inimigo. Quando corrompida se ilude chamando inimigos de “parceiros”, negocia tratados cuja obrigatoriedade da execução é impossível de ser imposta - como o Estatuto do Desarmamento. Além disso somos soberbos. Mesmo verificando a ineficiência dos tratados, não conduzimos o mesmo para uma autoavaliação. Afinal nenhum político ou negociador gosta de ganhar o título de burro e que cometeu tolices, já que isso seria um suicídio político. Porém a sociedade deve exigir a autoavaliação, já que a mesma caminha para o suicídio, mas com justificativa da morte. Nosso país se envolveu em tolices porque somos uma sociedade doente, corrompida e com políticos tolos e soberbos. A história mostra que quando um país se torna relaxado e se ocupa com a busca de prazeres, a verdade é superada pelo desejo de conforto. Pessoas que aceitam tal sociedade não se importam com nada além de buscar prazer e evitar a dor. Não possuem comprometimento com a posteridade e nem com a prosperidade presente e futura. Mentem para si mesmas para sentir-se bem. Assim são encantadas por políticos que prometem o “paraíso na Terra”. Acreditam num estado de paz permanente onde todos serão irmãos e que algum dia o mundo será um só. Sem divisões, fronteiras ou desigualdade, sendo que tudo isso é inerente à natureza humana. Um dos mais proeminentes teóricos militares do século XX, Major General J. F. C. Fueller, escreveu: “ Certo ou não, creio que a guerra não pode ser eliminada porque é parte integrante da vida, a qual, em seu significado mais amplo, é o resultado variável de tendências destrutivas e construtivas”. O homem é um animal irascível, não pacífico. A “guerra para acabar com todas as guerras” foi uma farsa! Mesmo com a ideia de uma humanidade fraternal, mitos de irmãos matando irmãos nos ensinam que o homem embebido por vaidade é perigoso, afinal Caim não matou Abel? Rômulo não matou Remo? Será que esses mitos já não nos ensinaram, assim como a história. Que relações fraternais podem ser desconstruídas quando perdemos o senso de responsabilidade familiar? Não é na família que se ensina a compartilhar? Porém a destruição da família é o desejo primordial. Podemos citar inúmeras guerras civis onde a vaidade e a busca pelo poder colocaram "írmãos" em lados opostos. E o que ofertam para sociedade? Apenas o esquecimento. Acreditam que o “poder do pensamento positivo” pode negar a realidade de um conflito. Analisem o caso da violência no Rio de Janeiro. Só tolos acreditam que ali não existe uma guerra. Forças Armadas já foram usadas inúmeras vezes para conter o estado caótico de violência. Mas como falado acima, quem ganha com o caos? Os relativistas! Antes de lidar com o problema, devemos admitir que ele existe. Claro que irá ouvir de alguns relativistas que ali, nas comunidades do Rio, existe um problema. Muitas vezes a desigualdade é apontada como agente causador, mas temos desigualdades em todas sociedades. Será que a desigualdade seria suficientemente forte para uma pessoa matar a outra? Não, esse sentimento é fortalecido pelos discursos que separam a população, a dicotomia opressor x oprimido. O problema fundamental, evidentemente, é considerar que existe inimizades entre os homens. Frequentemente eles lutam entre si. Não há como escapar disso, por mais evoluída que seja a sociedade, conflitos e animosidades ocasionalmente ocorrerão. Como já falado, o mito rousseauniano de pessoas nascendo boas e puras é uma falácia na medida que estudos apontam a fase mais violente da vida do homem entre as idades de 2 a 4 anos. Como iremos controlar tais impulsos quase instintivos? É evidente que regras morais, princípios e o autocontrole devem ser um farol, mas como iremos fazer isso numa sociedade daltônica, moralmente falando, e quando os sentimentos são estimulados desde a infância? O autocontrole deixou de ser virtude e deu lugar a tolerância. Portanto qualquer externalidade de sentimento deve ser tolerada. Adultos mimados são criados e não suportam ouvir um "não". Como resultado temos aumento de crimes passionais. Imagina uma mulher dizer não ao homem? Hoje existe o fomento para liberar sentimentos, não mais controlá-los. Como disse Jordan Peterson: "Um homem inofensivo não é um bom homem. Um bom homem é um homem muito, muito perigoso, que mantém isso sob controle voluntário". Essa frase faz lembrar do sermão que o pai do Chris Kale, no filme Sniper Americano, faz logo no ínicio, sobre ovelhas, pastores e lobos.

Estamos carentes de homens de valores. Conforme já mencionado, os homens de valor estão sendo castrados. Um síntoma é a nova adoração por filmes de super-heróis e de figuras míticas e lideranças históricas.

O fim do homem de valor é questão de tempo.


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