MARXISMO CULTURAL

O QUE É O MARXISMO CULTURAL?


O mestre disse: aquele que ataca um fundamento pelo lado errado destrói toda estrutura. Confúcio, Analectos, II. 16




Falaremos sobre Marxismo Cultural, sendo assim também iremos falar sobre duas figuras: Antonio Gramsci (gramscismo) e a Escola de Frankfurt.


Não iremos falar da vida de Antonio Gramsci, mas falaremos como ele esta presente na sua vida mesmo que você não saiba nada sobre ele.


A técnica gramscista, de forma bem resumida, pode ser assim: Um professor chega na sala de aula sem livros, cadernos, nada em mãos. Começa a falar sobre a matéria sem ensinar nada de novo, contudo começa a atacar e rir da tradição e dos costumes, colocando esses como não críticos, e enaltece o revolucionário. Então os alunos voltam para seus lares sem nenhum conhecimento novo, mas com o senso comum invertido. Ou melhor, o professor reforça o revolucionário e faz pouco caso da tradição, dentro do senso comum. Não precisa ser um grande intelectual para isso. Em diversos vídeos vemos professores moldando a cabeça dos alunos falando sobre relações entre pessoas, mesmo em matérias em que o objetivismo é marcante, como matemática (afro-matemática). Na disciplina de português não se aprende mais conjugação verbal, concordância, regras de acentuação… O português é para comunicar (metodologia freiriana). Uma hora o aluno irá aprender a norma culta dentro do seu contexto social. Portanto as aulas de português serão utilizadas de outra forma. O professor dará um texto com um tema político para fomentar o “debate” do tema, mas o aluno esta ali para aprender Português. Entretanto, quando questionamos os métodos de ensino, ouvimos: “O aluno esta aqui para se expressar”, isso que representa o verdadeiro aprendizado da língua, independente se ele aprendeu ou não a gramática. Daí vem aquele discurso de relativização da norma culta: “Existem várias formas de se expressar, assim o que vale é o entendimento…”. Isto só prova a lenta e gradual imbecilização da nação. Não aprenderam português, mas uma cartilha marxista. O aluno se apresenta na faculdade sem saber escrever e interpretar textos (se duvidar é só procurar um vídeo do programa Passa ou Repassa). Já contei em um post na página (Facebook) que um amigo cursando Educação Física, na matéria de Princípios de Pedagogia, relatou que estudava Infraestrutura e Superestrutura no Marxismo e Aparato Estatal. Agora, por favor, me digam, para que serve isso para uma pessoa que cursa Educação Física, se não para doutrinar? Nem na academia a cartilha gramscista é abandonada. Portanto indicaremos alguns livros:



Qual era a real intenção de Gramsci ao desenvolver este método:

A mensagem central de Gramsci é que a organização da cultura é "organicamente" ligada ao poder dominante. Os intelectuais não podem ser definidos pelo trabalho que fazem, mas pelo papel que desempenham na sociedade; essa função, de forma mais ou menos consciente, é sempre uma função de "liderar" técnica e politicamente um grupo, quer o grupo dominante, quer outro grupo que aspire a uma posição de dominação. (Attilio Monasta. Antonio Gramsci (Portuguese Edition) (Locais do Kindle 135-137). Edição do Kindle.) 

Gramsci queria descobrir (e educar outros que pudessem por sua vez descobrir) a "função intelectual" real dentro das sociedades, função que é, sempre e inseparavelmente, educativa e política. (Attilio Monasta. Antonio Gramsci (Portuguese Edition) (Locais do Kindle 130-131). Edição do Kindle.). 


Mas, como aconteceu o triunfo da linha marxista cultural, que parecia originalmente heterodoxa?

O Pe. Paulo Ricardo diz o seguinte: “No século XIX, Karl Marx defendia a ideia de que a sociedade era injusta porque explorava o trabalhador. Era necessário que através de um método revolucionário (armado), a classe trabalhadora tomasse posse do governo, implantando uma ditadura do proletariado, controlando os meios de produção. E essa ditadura seria uma ponte para uma sociedade que, ao final, seria justa, sem classes, sem governo.”

Em resumo, o ideal de Marx era a efetivação de um paraíso terrestre, de uma sociedade justa, perfeita, por meio do poder engenhoso e criativo do mal. Marx, porém, não é a origem de tal pensamento, mas somente um megafone. Afirmar a força criativa do mal, do negativo, que da destruição faz surgir algo de bom é um princípio da filosofia Hegeliana. De uma antítese forte, segundo Hegel, surge uma síntese superior. “Dê asas à maldade e acontecerá algo de bom". Foi o que Hegel propôs com a sua dialética. Marx levou tal conceito à prática, onde destruir, matar e hostilizar a civilização, trazer abaixo a ordem foi o caminho adotado (ou proposto) por ele para a produção de uma ordem superior. Criar o caos dentro de uma ordem concebida para depois trazer a tona uma nova ordem. Seria como realizar dois movimentos de 180 graus no símbolo taoísta yin-yang. 


Para termos a real noção que isso não tem nada de teoria da conspiração, o Deputado Jean Wyllys, por várias vezes, se afirmou como gramscista. Claro que ele é um exemplo pífio frente ao mundo, mas vejam este outro exemplo:

O papa Bento XVI, no Congresso Nacional (Bundestag) na Alemanha, dirigiu uma palestra aos parlamentares de seu país. Foi aplaudido efusivamente de pé por quase todos os congressistas, exceto por um pequeno número de pessoas, de um determinado partido. Em suas palavras conclusivas o papa disse: "A cultura da Europa nasceu do encontro entre Jerusalém, Atenas e Roma, do encontro entre a fé no Deus de Israel, a razão filosófica dos Gregos e o pensamento jurídico de Roma. Este tríplice encontro forma a identidade íntima da Europa. Na consciência da responsabilidade do homem diante de Deus e no reconhecimento da dignidade inviolável do homem, de cada homem, este encontro fixou critérios do direito, cuja defesa é nossa tarefa neste momento histórico"

Segundo Bento XVI, é necessário defender a fé cristã, o direito romano, a filosofia grega porque existe um movimento revolucionário que está derrubando (ou já derrubou) estas três colunas da civilização ocidental. O papa professou publicamente que é necessário reerguê-las. É preciso, porém, deixar claro quem quer e por que quer destruir estas colunas. Ainda tem muita gente que não faz ideia da pressão que o Papa Bento sofreu para deixar o comando do Vaticano. Inclusive algumas medidas financeiras foram tomadas pelo Governo Obama para minar a estabilidade do Papa Bento.

O desejo de Marx sempre foi unir a classe trabalhadora dos diversos países da Europa numa causa única contra o capitalismo, impondo sua tirania da Ditadura do Proletariado. Vale frisar que nunca aconteceu em nenhum país tentado. O que de fato aconteceu foi trabalhadores se juntando para lutar contra trabalhadores na Primeira Guerra Mundial. Depois da Primeira Guerra Mundial, o marxismo estava em plena crise teórica: como foi possível a união dos trabalhadores para matar outros trabalhadores, buscando defender os interesses de seus patrões? Quem os alienou? Lembra da frase de Marx: “a religião é o ópio do povo”. Ali Marx entendeu que política e religião trabalham com o imaginário das pessoas e que o fator cultural alienava o povo, contudo não conseguiu elaborar tal pensamento adequadamente.

“Tal elaboração será feita por dois filósofos, de forma independente, um húngaro, Georg Lukács e o outro italiano, Antonio Gramsci (que teve seu método acolhido pelos marxistas culturais). Quando terminou a I Guerra, diante da grande crise teórica do marxismo, para Gramsci e para os marxistas culturais, o grande adversário a ser derrubado mostrou a sua face: a ética judaico-cristã, a filosofia grega, o direito romano, eram como que uma espécie de veneno que alienava as pessoas, impedindo os trabalhadores de lutarem de forma revolucionária”, diz o Pe. Paulo Ricardo. Cabe aqui salientar a preocupação, mencionada acima, do Papa Bento XVI.

Gramsci esteve na URSS na década de 20. Ele presenciou Lenin tentando estabelecer as bases do novo Estado Soviético. Viu Stalin tomar as rédeas do partido matando vários “dissidentes” comunistas (como Trotsky). Viu que Stalin aplicava a filosofia de Hegel na prática. Sendo assim, Gramsci percebeu que deveria destruir toda essa cultura ocidental baseada nos alicerces já mencionados, contudo a metodologia de Stalin não era o caminho, já que a população ainda teria uma cultura contrária a proposta revolucionária. Agora já podemos entender o motivo de “ocupações” de universidade e escolas do ensino médio. A sanha do PT contra Instituições onde a tradição e os costumes são preservados e toda sua inclinação em modificar currículos escolares, bem como a metodologia de ensino baseado nos métodos revolucionários de Paulo Freire. Inclusive Dilma mencionou que um dos erros petistas foi a não modificação dos currículos nas escolas militares. Na técnica gramsciana, nada pode ser ostensivo, tudo deve ser feito disfarçadamente, com o veneno sendo ministrado ao paciente como se fosse um remédio, como se fosse o medicamento de sua salvação. Em outras palavras, é necessário destruir a cultura ocidental em nome da dignidade e da liberdade do homem. Em nome da liberdade, cria-se a ditadura. Em nome dos Direitos Humanos, cerceiam-se os direitos do homem.



Uma coisa é aquilo que o marxismo cultural trombeteia, outra coisa é o que ele verdadeiramente busca fazer. Em nosso país, um exemplo disso é a aprovação do “casamento" homossexual. Tudo foi feito em nome da dignidade humana, pois os homossexuais não podem ser oprimidos, têm direitos, não podem ser vítimas de um olhar preconceituoso e discriminatório. O objetivo, na realidade, é a destruição da família, pois para o pensamento marxista a família é um valor burguês, uma desgraça que precisa ser extinta, já que está baseada em elementos que impedem a revolução: a propriedade privada (bens passados para herdeiros, perpetuação da propriedade privada), a opressão patriarcal (o homem é maior do que a mulher, não há igualdade) e a ética sexual burguesa. A propaganda é a defesa dos direitos dos homossexuais, mas o interesse verdadeiro é a destruição da família. Como o povo está alienado, com um pensamento cristão muito arraigado, é necessário entrar em sua consciência e arrancar à força os valores “burgueses" que impedem a revolução. Mais uma vez, o caminho é olhar para o que é combatido, não para aquilo que pretensamente é defendido.

Para entender isso temos que falar sobre os conceitos de Infraestrutura e Superestrutura de Marx. Confiram nosso texto “Deturparam Marx” (https://selvagemburkeano.blogspot.com/2018/03/deturparam-marx.html). A metáfora é fundamental para entender o materialismo. Marx entendia que a Infraestrutura tratava-se das forças produtivas, ou seja, os próprios trabalhadores, os meios de produção e a matéria-prima. Assim ele limita a base econômica da sociedade nas relações de trabalho. Segundo Marx, o processo de acumulação capitalista está marcado pela exploração da força de trabalho. Já a Superestrutura, o que é construído com base na Infraestrutura, é originário das estratégias e planejamentos dos grupos dominantes (as famosas elites) para consolidar a perpetuação do seu domínio. A superestrutura é derivada do conflito de interesses das diferentes classes que fazem parte da base econômica de determinada sociedade. A função da superestrutura é manter as relações econômicas que constituem a infraestrutura, reforçando assim os interesses coletivos da classe social dominante. Isto é realizado através da regulamentação, sanções e coerções impostas pela superestrutura política e pela força persuasiva da superestrutura ideológica. A superestrutura compreende também os modos de pensar, as visões de mundo e demais componentes ideológicos de uma classe. A ideologia é chamada de superestrutura ideológica e o Estado é chamado de superestrutura legal ou política, incluindo aí a polícia, o exército, as leis, os tribunais e a burocracia. Para não se alongar muito, concluímos que o modo de produção da vida material, condiciona a vida social, política e intelectual. Exemplificando, um homem só iria constituir família quando as condições materiais permitissem, ou desejaria tal coisa quando acumulasse capital necessário para isso. Cabe salientar que isso é uma imensa bobagem e que muita gente constitui família ser ter nada, inclusive Karl Marx, que casou com esposa com posses e torrou sua herança e a dela, sendo assim ele não acumulou nada. Já Antonio Gramsci inverte essa relação. Ele acredita que a família irá gerar desejos em acumular o capital, sendo assim a família sai da Superestrutura e vai para Infraestrutura. Esse é o motivo do ataque a família. Portanto hoje dois homens homossexuais e uma lontra são chamados de família, a qual perdeu o sentido tradicional e de costume (inclusive religioso) de constituição para gerar filhos e dar continuidade a “obra de Deus”. 


Desatentos sobre isso, os militares brasileiros não souberam identificar e combater o marxismo cultural, apenas o marxismo armado. “Aproveitando-se dessa situação, alguns autores comunistas passaram a se aproveitar de novelas para ir, pouco a pouco, apresentando o conteúdo revolucionário para a nação. As novelas (realidade que ainda hoje continua no Brasil) se prestaram a levar à frente a proposta da escola de Frankfurt de revolução cultural. Mas, para a população em geral, a grande impressão era a de que as novelas eram expressão da sociedade capitalista decadente americana e que estavam por destruir o cristianismo e a família brasileira.”, voltando a dizer o Pe. Paulo Ricardo. Atualmente, no Brasil, ganha grande exposição nas novelas um dos grandes bastiões da revolução cultural: a promoção da cultura homossexual. Para que se explique a importância do homossexualismo no contexto revolucionário é necessário fazer um pequeno resgate histórico e teórico. Marcuse, percebendo que a revolução marxista não eclodiu através da luta de classes, se aproveitou de uma realidade característica do ser humano (a inveja), para alimentar um combustível de revolta. Pierre Bourdieu, por sua vez, sistematizou a revolta no conceito de excluído[4], que foi criado para promover a questão da inveja. Aí entram os homossexuais, pois o seu desejo de igualdade com os heterossexuais os leva constantemente à revolta.

Seguindo fielmente esta cartilha, as novelas brasileiras tem buscado apresentar a cultura homossexual principalmente pela exploração do lesbianismo, uma vez que os grandes opositores do homossexualismo, os homens heterossexuais, aceitam mais facilmente o relacionamento entre duas mulheres do que o relacionamento entre dois homens. O machismo do brasileiro é o maior empecilho para a aceitação do homossexualismo neste país. Comentando sobre esses autores, sabemos assim o porquê dos estudo de quatro pensadores basilares da esquerda e que a Academia adora impor, além da Escola de Frankfurt, que são: Marx, Rousseau, Bourdieu e Foucault. Não existe nenhuma universidade brasileira que seja exceção... principalmente as católicas. O marxismo cultural, no Brasil, já conseguiu a hegemonia cultural e da mídia. Pela política da dominação de espaços, já dominaram a classe falante (jornalistas, cineastas, psicólogos, padres, juízes, políticos, escritores) que é formada no pensamento do marxismo cultural. Gramsci chama essa classe falante de “intelectuais orgânicos. “A função dos intelectuais "orgânicos" é a de liderar "intelectual e moralmente" a sociedade por meio da educação e da organização da cultura, e não por meio dos tradicionais métodos de coação jurídica e policial.”, diz Gramsci. Portanto agora sabemos a necessidade do PSOL em aliciar celebridades e subcelebridades para sua causa, pois eles possuem projeção e alcance na sociedade. Além disso, o Facebook acaba de lançar acordo com agências checadoras de fatos. Sabemos a real necessidade isso:



“Se a tudo isso acrescentarmos o espírito pragmático e imediatista dos educadores e, ainda, a forte influência do estruturalismo que marcou a mais importante instituição universitária, a Universidade de São Paulo (USP), realmente não mais estranharemos que Gramsci no Brasil tenha sido lido de forma a-historicista. Mais precisamente, os textos de Gramsci foram lidos pela ótica althusseriana, cujo método todo estruturalista-marxista bem conhecemos. Por isso, Gramsci foi visto majoritariamente como um engenheiro social, capaz política e tecnicamente de nos oferecer a fórmula para a construção do Brasil socialista, governado pela classe trabalhadora.” (Attilio Monasta. Antonio Gramsci (Portuguese Edition) (Locais do Kindle 323-326). Edição do Kindle.)



Tudo isso é fruto de um descaso histórico dos conservadores, que permitiu que o marxismo cultural tomasse conta das universidades. Em qualquer curso universitário é possível constatar tal realidade através de um ódio frontal e fundamental ao cristianismo, aos valores cristãos e mais especificamente ao catolicismo tradicional, além do conservadorismo propriamente dito. Os conservadores de hoje são chamados de extremos. E o que se vê é que a classe falante revolucionária, apesar de ser minoria, domina hegemonicamente os meios de produção da cultura, enquanto a maioria de brasileiros mudos, conservadores em muitos aspectos, não tem representação, imaginando que seu posicionamento é compartilhado por poucos. Quando possuem representatividade, o establishment faz questão de expurgá-los, como foi o caso do jornalista Guilherme Fiuza e William Waack e artistas na geladeira (o ideal é o Fábio Assunção…rs - Chama o Sargento!) Tal característica conservadora da população brasileira ainda pode ser comprovada numa análise encomendada por um grande jornal que mostrou que 70% da população brasileira ainda tinha posições conservadoras em questões morais (não aceitação do aborto, não aceitação do casamento gay, defesa da indissolubilidade do matrimônio, do valor da castidade e da virgindade, da pena de morte, contra a liberação das drogas). Porém a televisão, os livros escolares, as músicas, a arte em geral, e toda a educação, assim como a justiça e a estrutura do Estado, estariam sendo alterados microscopicamente para, depois de um tempo de modificações acumuladas, promover um momento ideal para a revolução comunista, que dessa vez seria silenciosa e sem derramamento de sangue. Uma enganação que faz quase todo mundo de presa, uma ilusão que cobre a realidade.

Gramsci e a revolução cultural, Marcuse, Adorno e Horkheimer e a Escola de Frankfurt, são nomes responsabilizados pela destruição da cultura ocidental, único objetivo de tais pensadores. “Como não falava em revolução proletária nem pregava abertamente nenhuma truculência, a nova escola foi bem aceita nos meios encarregados de defender a cultura ocidental que ela professava destruir”. O plano era perfeito até encontrarem a perspicácia do mestre Olavo de Carvalho.

Ainda assim, vemos um contra movimento a todo esse processo, inclusive entre os mais jovens:




Colocamos alguns sites a disposição e um vídeo do Olavo de Carvalho:






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