DETURPARAM MARX!!!

POR QUE SEMPRE FALAM QUE KARL MARX FOI DETURPADO?



Geralmente quando os esquerdistas são questionados sobre a eficiência do Marxismo e suas experiências em volta do mundo, temos a mesma resposta. Reposta essa que virou um mantra: "Deturparam Marx!". Vamos tentar desmistificar tal sacrilégio com sua obra, pois onde Marx foi aplicado deu certo!. Alias, convenhamos que Marx só é "estudado" hoje por causa da Revolução Russa, caso contrário ele seria esquecido ou apenas lembrado como um agitador ou pela "grandeza"de sua obra (sorrisinho de canto de boca...). Para tal listamos alguns livros sobre o tema e pedimos para que compre na Amazon usando nossos links...

 
         



Marx foi deturpado na URSS, na China, no Camboja, Vietnã, Cuba, Venezuela... Vamos agora assistir na íntegra como um esquerdista diz que Marx foi deturpado:



 
 
Ou seja, aonde você coloca Marx em prática, deturpam o pensador. Era um pensador extremamente materialista e acreditava que o peso de uma ideia deveria ser medido de acordo com suas transformações materiais. Assim a teoria de Marx e sua eficiência vai contra o que ele dizia. Parece que o Marxismo tem alergia a realidade. Marx nunca consegue ser aplicado sem causar um desastre. É só analisar os resultados dos países que colocamos acima. Em vários deles houveram genocídios, miséria e um furto velado das liberdades desses povos. O Marxismo sugere um líder autoritário, assim todos os marxistas quando confrontados com realidades como Muro de Berlim, Holodomor, extermínio no Camboja, Gulag, Marcha do Mao, por exemplo, falam que isso não era o verdadeiro pensamento de Marx. Inclusive Archie Brown, em Ascensão e Queda do Comunismo, diferencia o Comunismo como o aplicado e o comunismo como o verdadeiro. Portanto Marx é um pensador ideal para jovens que fogem a realidade e têm a utopia como fuga.


Usando a "Filósofa" Márcia Tiburi (ou explicando para ela), que falou sobre a ironia de Sören A. Kierkegaard, o ser humano possui três fases ou estágios no seu existencialismo. O primeiro é o estágio da estética, típico de jovens que querem ser aceitos em determinado grupo, logo não há uma aceitação consciente do ideal. São imediatistas e buscam o prazer imediato. Valorizam e dão maior importância a busca pela possibilidade da realização do que à própria realização. São três modos de ser do estágio estético: a sensualidade, a dúvida e o desespero. É claro que o amadurecimento e as experiências contribuem com a evolução para os dois estágios restantes: ético e religioso. Contudo alguns "Forever Young" revolucionários insistem em permanecer no primeiro estágio. Aquele típico revolucionário de 40 anos, que frequenta faculdade e que mora com a mãe... Voltando ao cerne, é mais fácil convencer um jovem a ser marxista à uma pessoa mais experimentada. Por isso é mais fácil transformar um jovem em marxista na faculdade, até porque eles não possuem capacidade de antevisão. Nicolás Gómez Dávila diz que não partimos de idéias reacionárias, chegamos a elas. Assim o jovem é mais fácil ser um revolucionário, pois ele não sabe como aquelas ideias REAGEM na realidade. Assim acreditam que se as ideias forem aplicados a tudo, mesmo que na força, tudo será lindo e maravilhoso como o pensador revolucionário diz. Não sabem que as ideias possuem consequências (um nexo de causalidade), nem sempre como o esperado já que elas são aplicadas no tecido real. É mais ou menos assim: O mundo será melhor se aplicarmos essas ideias... Mas não sabem como a realidade vai reagir a essa aplicação de ideia. O engraçado, como já falamos, é que Marx se considera materialista. Existe matéria antes da ideia (segundo Marx), o contrário do pensamento de um idealista. Marx é extremamente materialista, mas ele imagina um mundo utópico e não consegue explicar como se aplicaria esse materialismo num mundo idealista. Fatalmente um jovem revolucionário não leu a obra O Capital de Marx, pois a mesma trata de um livro sobre economias chato e estúpido. Geralmente leem o Manifesto Comunista, que é um panfleto. Neste panfleto ele descreve como seria uma sociedade "perfeitinha". Essa sociedade não corresponde em nada com a sociedade que temos hoje, vamos explicar o porquê.

Existiam muitas visões sobre fazer história, o que ficou foi o Materialismo Histórico Dialético de Marx (já esta mais fácil compreender o porquê de muitos professores de história serem marxistas). Entre as várias formas de obter conhecimento, temos a dialética. Aristoteles considera que a dialética pode funcionar por logos, ou seja, cotejar ideias e conseguir chegar a uma síntese, porém primeiro precisa ter a lógica. Aristoteles também acredita que a matéria pode ser analisada pela dialética, mas isso é outro assunto, até porque os filósofos dialéticos são bastantes difíceis de serem lidos e entendidos. Como a dialética é a mais elevada forma de analisar a natureza, passou a ser mau compreendida durante a história. Vários filósofos vão renegar a dialética, porém, perto do romantismo alemão, Hegel aplica a dialética a tudo. Arthur Schopenhauer, reconhecido só após a morte, renega a dialética, dizendo que era puro sofisma, assim como Martim Heidegger. Já Marx era hegelianiano ortodoxo, apesar de ser contra alguns hegelianos como Feuerbach, pois afirmava "que o defeito de todos os materialismos anteriores era que eles representavam os objetos externos apenas na medida que atuavam sobre a mente, que permanecia passiva, enquanto o idealismo era que o que ele percebia não podia atuar sobre o mundo" (Wilson, Edmund. Rumo a Estação Finlândia, p151). Em uma de suas anotações Marx disse: "Até agora, os filósofos só fizeram interpretar o mundo de maneiras diferentes; cabe transformar-lo." (nessa Marilena Chauí deu cambalhotas de felicidade). Ou seja, o novo materialismo histórico dialético proposto por Marx iria encarar a humanidade de um ponto de vista mais orgânico: o da "sociedade humana ou humanidade socializada". Marx considera que a história caminha com base nos meios materiais, assim todos os períodos históricos são determinados, mais ou menos, pelas condições materiais da história. Essas condições materiais, como tecnologias, técnicas, ferramentas, tudo aquilo que será usado para TRABALHAR determinará o rumo da história e que o trabalho é o motor da história. Já Hegel não tinha essa visão, ele achava que as idéias levavam a história para frente. Para Marx o trabalho gera satisfação material e que ninguém trabalha, por exemplo, por idealismo. Ou seja, você não vai carpir a terra por um grande ideal! Portanto um marxista não acredita que alguém abre uma empresa para ajudar pessoas (fico pensando em Marx de origem judia e Oskar Schindler empregando judeus por puro materialismo...rs...). Para Marx o camponês ou o proletariado não tem a consciência de organizar a sua classe e que os mesmos sofrem controle dos empresários, já que o trabalho não é algo idealista, mas destinado à matar a sua fome. Assim o materialismo é ponto central na filosofia marxista. Não há dúvidas que o conceito sobre materialismo de Marx foi revolucionário, do ponto de vista histórico. 

Além de materialista histórico, Marx vê a história como dialética. Essa dialética histórica funciona, a grosso modo, geralmente em forma de classe social (uma agremiação de pessoas com condições materiais em comum que possuem interesses específicos similares). Essas classes têm interesses em conflito com interesses de outras classes. Contudo as sociedade, principalmente as antigas, eram desenhadas de tal modo que os objetivos estavam em certa harmonia (lembrando que um rico da época não desfrutava da mesma tecnologia que um pobre tem hoje). Assim temos o camponês trabalhando para o rico e, que em alguma hora a sociedade mudaria devido a tecnologia, técnicas e ferramentas, então esses camponeses entrariam em conflito com os mais ricos, o que faria aquela sociedade ruir gerando uma nova. Essa seria a dialética. Ou seja, temos um tese (algo estabelecido), que seria contrariado com uma antítese (algo contrário ao estabelecido) e como resultado aparece a síntese (o resultado causado pelo "choque"entre tese e antítese). Esta síntese seria a tese de outra proposição. Só uma coisa era mais odiada por Marx que o capitalismo, era o feudalismo. Foi um momento em que ele analisou que todo esplendor, de Roma por exemplo, decaiu por causa da Igreja Católica. Ele afirma que o feudalismo foi o período de maior alienação do trabalhador e que o Renascimento, bem como o humanismo. Para mim o humanismo é uma forma fácil de mentir, pois tudo vale se valer para o homem, assim o humanismo é um sofisma. O humanismo foge do objetivo porque o homem se torna o padrão e só existe verdade dentro do homem. Você acha que Marx gostou do humanismo?

O humanismo teve grande grande influência na Revolução Francesa. Para os iluministas, o homem, por sua natureza, era bom e o meio corrompia, e este só alcançaria a felicidade dentro de uma sociedade justa, igualitária e com garantia de seus direitos. De fato isso foi usado por Marx. Fica claro, para Marx, que na Revolução Francesa tinha a aristocracia de um lado e populares do outro. Existe um problema da visão dele sobre a Revolução Francesa. A revolução foi um movimento de jovens intelectuais (lembra o que falamos lá em cima) que se consideravam pobres ou a camada mais baixa da população, ou ainda seus representantes. Percebemos esse problema até hoje, quando intelectuais não olham para uma realidade objetiva e olham para si e se intitulam representantes dos pobres com valores de igualdade, liberdade e justiça (faltou só o fraternité), em síntese, qualquer coisa com social no nome. Algo que represente o oprimido. Os jovens iluministas da Revolução Francesa se dizem preocupados com a verdade científica. Jovens acaipirados que vislumbram o científico e o moderno ao chegar em Paris e que o homem não precisaria mais se sentir preso as tradições e culturas regionais no momento que em tudo for urbanizado e a ciência chegar como verdade, assim transformando-o em cidadão do mundo (parece um militante do PSOL?). Mas esses jovens não eram a classe baixa da população, ou seja, eram caipiras no mínimo da classe média francesa. Já o romantismo foi o oposto. Jovens urbanos foram para o campo. Marx esta entre o Iluminismo e o Romantismo, mas analisa tudo na ótica da Revolução Francesa. Portanto já sabemos de onde vem o conceito de onde Marx tira a luta de classes, contudo já sabemos que as classe mais pobres só entrar no conflito após a excitação daqueles que não eram pobres, portanto, em partes, não é uma luta de classes. Pergunto então, podemos analisar a história das Ilhas Salomão dentro de uma luta de classes? Dentro do Materialismo Histórico Dialético? Podemos dizer que a Revolução Americana foi uma luta de classes? A queda de Roma foi luta de classes? Grécia antiga foi luta de classes? Existiu uma luta de classes permeando a história do Brasil? O episódio da Independência teve luta de classes? Sabe o que percebemos? Que só existe uma suposta luta de classes na Revolução Francesa, mas sabemos que o proletariado não fez a revolução e nem foi responsável pelos seus princípios. Quem fez isso era o jovem de classe média, ou seja, o jovem do Leblon que vota no PSOL, o artista da Globo e a galera que gosta do peladão do museu com "giromba" de fora. O povo só agiu por conta de serem instigados por conta da classe média, agora urbana. Essa história em que diz que o povo se reuniu em Versalhes contra o Rei é falha! Essa visão histórica de Marx, mais uma vez, só convence jovem. Uma ideia pueril, boba, que só pega em curso de humanas quando imaginamos tudo e não precisamos testar nada. 

Até a Mais-Valia caiu nesse conto do vigário da dialética. Vou explicar, com minhas palavras, rapidamente e você mesmo vai achar um absurdo: 

"Existem ricos e pobres, existe também uma luta entre ambos, onde os ricos são os donos dos meios de produção, enquanto os pobres, de certa forma, devem pegar emprestado os meios de produção do rico. Eles trabalham com os meios de produção para saciar sua fome, enquanto o rico não trabalha porque ele possui capital e ele fatura com os juros gerados pelos empréstimo dos meios de produção. O pobre trabalha, mas a maior parte do trabalho fica para o rico, já que ele pague pelo juros, assim o pobre empobrece mais e o rico fica com a mais-valia que é o excedente produtivo. Com isso o pobre não vai aguentar e terá a consciência de classe e irá parar de trabalhar e irá ocorrer a grande revolução do proletariado. Será instaurado o socialismo onde os meios de produção serão socializados".

O materialismo histórico dialético é falho, mas ele tem um vocabulário chique que só envolve ignorantes (a maioria dos jovens são ignorantes). Segundo Wilson "a dialética está profundamente está profundamente arraigada em toda obra de Marx; ele jamais se livrou dela. Encontramo-lá em sua técnica de raciocínio e em seu estilo literário. Seu método de expor idéias consiste numa sequência de dialética de paradoxos, de conceitos que se transforma em seus contrários, e contém um elemento importante de puro encantamento."(Wilson, Edmund. Rumo a Estação Finlândia, p222). O marxismo deveria atender ao logos, mas o que realmente atende é o pathos, a paixão! Você nunca irá arregalar os olhos para o lógico, mas para paixão, o que toca o coração, portanto Marx é um pensador patético (leia Benedetto Croce que era marxista, mas o tempo fez ele sair do primeiro estágio de Kierkegaard). Sendo assim Marx é o filósofo dos jovens e dos que se encontram no estágio estético, tipo um Leandro Karnal revolucionário e com mais pêlos na cabeça (risos). Segundo Croce, Marx era contra o Direito Natural, então sabemos da onde vem a noção maquiavélica de violência em nome da revolução. Marx é fã do Direito Positivo, ou seja, aquele que precisa de uma lei para garantir seu direito, até porque ele precisa das condições materiais e nada além disso importa, caso contrário tudo seria muito idealista como o Direito Natural. Croce dizia que Marx fomentava as guerras e "as tempestades revolucionárias", ou seja, tinha viés violento. Edmund Wilson (assim como Croce deixa de ser marxista), em Rumo à Estação Finlândia, descreve, segundo testemunhas, descreve Marx como imperativo, prepotente e com ar de superioridade, inclusive gostava de expressar os seus títulos acadêmicos e menosprezar os que não detinham. Marx também era racista, examinando Ferdinand Lassalle ele concluiu: "Esta combinação de sangue judeu alemão com uma base fundamental de sangue negro não poderia gerar um produto extremamente singular. Aliás sua auto-afirmação é bem coisa de crioulo."(Wilson, Edmund. Rumo a Estação Finlândia, p282). Marx era um pregador, um agitador revolucionário e um prepotente, te faz lembrar um certo Luiz Inácio? Inclusive fizeram um filme sobre "O Jovem Karl Marx". Para Marx a democracia é uma Ditadura, único ponto em que ele e Tocqueville tem em comum, ou seja, uma ditadura da maioria, assim se o proletário fosse organizado ele poderia criar seus próprio sistema democrático e seus ideias iriam prevalecer, deste modo estaria estabelecida a Ditadura do Proletário, logo o marxismo não é contra eleições, mas prevê que o proletário vença na figura do seu representante, tipo um Maduro ou Morales. Já ouviu um partido falar mais de Democracia que o PT? Os partidos que prezam pelo marxismo também falam em popular. Marx não era proletário, mas tinha uma consciência de classe, portanto Maduro, Kadafi, Mugabe ou qualquer outro porcalhão desses, supostamente, tem uma consciência de proletário. Lula é a personificação da figura ideal para o marxismo e tenho certeza que hoje ele não se importa com o proletário, mesmo tendo sido um.

Finalizando, hoje você consegue imaginar um proletário pobre e um empreendedor rico na ótica de Marx? Um funcionário da Google pode ganhar mais que um pipoqueiro que detém os meios de produção? Um proletário inglês hoje possui carros, seu filho estuda, possui atendimento em hospital, etc. E nada disso foi dado pelo Marxismo, mesmo que seu amiguinho diga isso! Os donos dos meios de produção investem em máquinas para ter mais lucratividade aumentando sua produção, assim ele precisa de um trabalhador mais qualificado, em contra partida será mais caro e a máquina irá tirar o trabalho braçal do proletário, que terá menos filhos porque não precisará da sua prole para trabalhar (daí que vem o nome proletário). Com acumulo de capital por parte do proletário que ganha mais, ele poderá empreender de maneira micro (sabe o tiozinho que abre um boteco?), gerando emprego e aquecendo a economia. Com o desenvolvimento da burguesia foi assim e com o capitalismo também. A produção com máquinas e novas técnicas de produção geraram mais comida, geraram mais remédios, geraram até a produção de roupas impedindo que os trabalhadores morram de frio no inverno. Quem trabalha nessa máquina não esta sendo explorado? Pense como uma materialista histórico, se você retirar a máquina, você deixará de ser explorado? Claro que não, mas se você retirar o patrão, você não terá emprego. Se não existe emprego, não existe produção e se não existe produção, não existe produção de riqueza. Não existe jogo de soma zero, ou seja, para ter um rico deve haver vários pobres. Ou seja, se retirar o emprego das fábrica não existe comida, remédios e roupas e dinheiro para adquirir isso tudo. O rico fica mais rico quando gera riqueza para aqueles que estão a sua volta, mas os socialistas de iPhone acreditam que um rico tem aquele carrão porque você está pagando, de certa forma. A herança vem da base familiar, ele nasceu assim porque alguém da família dele ganhou, se ele não roubou esta ótimo. Infelizmente tem gente que já nasce com um Xbox One com uma tela de 4K, outros correm atrás. Portanto levanta o bumbum e vai trabalhar e se qualificar, sempre, para evoluir. Então leia quem foi maior que Marx para entender a realidade do mundo.           


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