MISSÃO CUMPRIDA (POR ENQUANTO)

O NOVO GOVERNO NÃO SE FORMOU, MAS JÁ É CRITICADO


Todos sabemos que Bolsonaro foi eleito, quer você queira ou não. O nome disso é DEMOCRACIA. Ela não pode ser feita apenas quando as questões possuem o mesmo alinhamento racional que o seu. Por muito tempo a direita passou por isso. Não aquela direita psdebista que não passa de uma esquerda maquiada, mas uma direita conservadora e liberal (clássica). Gostaria de começar contando uma história que irá parecer um tanto coincidente com a realidade atual.

Um membro da Câmara havia sido excluído por difamar o rei e expor o obsceno. Era sempre reeleito, mas todas as vezes era recusado e esquecido pelo parlamento organizado. Apenas uma pessoa o defendeu. Seu Defensor disse que o parlamentar encontrou apoio no populacho simplesmente porque havia corajosamente feito oposição à “corte de conspiradores”. O Defensor disse ainda que o parlamentar foi perseguido não por seus vícios, mas por suas virtudes - “por sua invencível firmeza, por sua resoluta e infatigável resistência estrênua contra a opressão”.

O parlamentar era John Wilkes. Seu defensor era Edmund Burke que, mesmo duvidando da prudência ou princípios de Wilkes, o defendeu. Nesse caso era nítida a posição do Parlamento em bajular o rei e do esquecimento de servir ao povo e a nação, gerando o afundamento do Estado em corrupção. Thoughts on the Cause of the Presente Discontents (Works I, 351, 354).

Burke lamentava: “o tempo da cavalaria se foi” e com todos os sentimentos e princípios - lealdade, honra e obediência - que mantiveram vivo, “mesmo na servidão, o espírito de uma exaltada liberdade”. Não apenas o espírito da liberdade, mas o de igualdade:

Foi isso que, sem confundir os níveis, produziu nobre igualdade e a distribuiu por todas as gradações sociais, até embaixo. Foi essa opinião que mitigou reis em companheiros e elevou homens comuns à companhia de reis. Sem força ou oposição, essa opinião subjugou a ferocidade do orgulho e do poder; obrigou soberanos a se submeterem ao jugo suave da estima social, compeliu autoridades severas a se submeterem à elegância e fez a dominação, vencedora de leis, ser submetida pelos costumes

É tempo de mudança, do retorno da “cavalaria”. Tempo de refletir sobre as mais desastrosas consequências da razão. As agradáveis ilusões fizeram o poder tirar a roupagem decente da vida. Decência que foi tirada de nós. Queremos uma “revolução política” não uma “revolução moral, uma total, uma revolução de sentimento e da sensibilidade penetrando em todos os aspectos da vida”. Chega de “uma feroz devassidão de costumes (...) uma insolente irreligião nas opiniões e práticas (...) leis derrubadas, tribunais subvertidos, indústrias sem vigor, comércio expirando (...) bancarrota nacional”.

Vários trechos foram retirados das Reflexões sobre a Revolução Francesa, em 1790, antes da execução do rei e da rainha, da declaração de guerra e da instituição do Terror.

É chegado o momento de prudência, em todos os aspectos. Tempo da base da sociedade voltar a ser “costumes e opiniões morais”. Tempo de princípios naturais.

Para J.G.A Pocock, Burke não apenas antecipou o Terror, mas tais monstruosidades de nosso tempo, como nazismo, o Exército Vermelho e o Khmer Vermelho. 



Ainda parecem atuais as passagens de Burke. Conseguiu prever eventos graves como o Regicídio, Guerra e Terror. Todos esses eventos proporcionaram “uma revolução nos sentimentos, costumes e nas opiniões morais”. A explicação da tara por revolução por parte dos “progressistas” é exatamente a que Burke previu: a revolução moral seria a lógica e a dinâmica do Terror - nada diferente do que acontece na Venezuela e que poderia acontecer aqui com a eleição do Partido dos Trabalhadores. Para eles o bem público é o pretexto, a perfídia e o assassinato o fim. “(...) até a ganância, a malícia, a vingança e o medo mais terrível do que a vingança poderia saciar seus apetites insaciáveis”.

É chegado o momento onde o povo brasileiro, que é conservador, irá esquecer as promessas utópicas da esquerda. As mesmas são um calor sem fogo, um protesto cego das massas e uma recrudescência de ideias obsoletas. 

As promessas não conseguem mais convencer o povo, o qual foi massacrado durante esse Governo progressista. O resultado passa pela realidade de 60.000 homicídios, altos índices de desemprego, escalada da violência, declínio da economia, piora na educação e na saúde, além da deterioração moral e da inversão de valores. Ao longo desse período percebemos a politização das coisas mais simples, do cotidiano. O simples "bom dia" pode ser encarado como assédio, racismo, sexismo, etc. Toda essa politização criou alienados componentes da blitz do politicamente correto. Criou bolhas ideológicas dentro da mídia. Flávio Quintela escreveu um excelente texto para o jornal Gazeta do Povo. Aqui vai o início dele:

"Tenho comigo que o mais forte motivo pelo qual a esquerda vem perdendo força entre as pessoas comuns – aquelas que não politizam cada mínimo aspecto de suas vidas – é justamente o descolamento entre seu discurso e prática e a realidade objetiva. A defesa de pautas alheias àquilo em que a maioria das pessoas acredita é uma prática tão comum como alienadora em partidos como PT, PSol e PCdoB (no caso dos Estados Unidos, grande parte dos democratas age dessa forma). O descolamento, por sua vez, cria uma bolha dentro da qual os formadores de opinião (se é que ainda se pode chamá-los assim) passam a viver e reverberar suas ideias desprovidas de lastro real uns para os outros, achando que estão atingindo os ouvidos dos pobres e oprimidos"

O fato da população não aceitar mais as narrativas da Esquerda demonstra um despertar. Algo que era imprevisível até para os analistas políticos, tanto os de esquerda, quanto os de direita. No início da campanha todos analisaram que a campanha de Bolsonaro iria desfalecer. Todos erraram. O porquê é fácil deduzir, todos estão imersos nessa atmosfera marxista que Nelson Rodrigues apontava. Vejam a opinião de Mary Anastasia O’Grady para o Wall Street Journal:

“A eleição presidencial de domingo no Brasil opôs Jair Bolsonaro, um ex-capitão do Exército que passou 27 anos no Congresso do Brasil, a Fernando Haddad, ex-prefeito da cidade de São Paulo. Na noite de domingo, com 97% dos votos, o Sr. Bolsonaro estava batendo com facilidade o Sr. Haddad, por 55,4% a 44,6%. 

Muito se falou, durante a campanha, do histórico de comentários rudes de Bolsonaro sobre mulheres e minorias e da sua promessa de combater o crime com mão de ferro em bairros pobres. 

Ele foi rotulado de racista, misógino, homofóbico, fascista, defensor da tortura e aspirante a ditador. Seus oponentes se reuniram nas ruas para denunciá-lo e escreveram diatribes contra ele na imprensa. A mídia internacional orgulhosamente ‘progressista’ entrou na briga, declarando-o uma ameaça ao meio ambiente e à democracia. 

Deveria ter sido suficiente para afundar a candidatura de Bolsonaro. No entanto, ele prevaleceu, e não é difícil entender por quê: os brasileiros estão em meio a um despertar nacional em que o socialismo –a alternativa a uma presidência de Bolsonaro– foi levado a julgamento. A vitória retumbante do candidato a governador liberal-clássico do Partido Novo, Romeu Zema, no grande estado de Minas Gerais confirma essa teoria. 

Haddad era o candidato do Partido dos Trabalhadores, gigante populista de esquerda do Brasil, conhecido como PT. Ele também foi o sucessor escolhido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso por corrupção, mas continua sendo popular entre seus partidários. Contra o pequeno Partido Social Liberal de Bolsonaro, Haddad deveria ter vencido a disputa. 

Vale a pena examinar o triunfo do Sr. Bolsonaro porque ele sugere que algo mudou nesta eleição. Pode sempre mudar de volta, e provavelmente mudará. Mas, por enquanto, o ímpeto está do lado da reforma, e os formuladores de políticas têm uma oportunidade única de promover a liberdade e a prosperidade na maior economia da América do Sul.”

Tenho ainda a certeza que a esquerda não está triste porque o Brasil elegeu, segundo ela e alguns "isentões", um homofóbico, ignorante, que não entende de economia, machista, racista, etc. (Verdade seja, tudo isto descreveria o Lula). 

A esquerda está triste porque não suporta o contraditório, o minimamente fora do que permite e considera aceitável. Pode ser um sujeito de centro-esquerda - como José Serra e Aécio Neves - será rotulado de fascista e extrema-direita, se não seguir o passo a passo dos mimados. O termo fascismo tornou-se um xingamento político, nada além disso. A esquerda está realmente triste porque a vontade deles não foi feita. Como já foi dito a Democracia, no linguajar deles, é o "seja feita a minha vontade". Eles são tão imaturos e expostos a ideologia que cometeram e cometem atitudes infantis, ao mesmo tempo românticas e alienadas. Por exemplo, foram votar com livros nas mãos. Uma global alienada foi votar com um livro de Nelson Rodrigues, o qual flertava com o Regime Militar e era anti-marxista. Este ato foi ridículo, pois não há outro adjetivo, de ir votar com livros na mão, e agora esta comédia em forma de "ninguém solta a mão", só mostram a distância, infelizmente, que a esquerda nacional está da realidade das ruas. 

A incoerência da esquerda foi notória na campanha do Haddad. Mutável e totalmente conveniente e consequente. Isso mostra que estavam apenas pelo poder. Estavam se vendendo da forma que a maioria via Bolsonaro, contudo a campanha de 2002 voltou a minha cabeça:

Em 2002, o PT fez a campanha da esperança. Em 2018, fez a campanha do medo. Além disso o PT, queimava Fernando Henrique e Serra, gritava na cara do eleitorado: chega de professor-doutor, queremos um homem comum! Já em 2018, para queimar Bolsonaro, gritaram: nada de homem comum, queremos um professor-doutor!

Agora temos o estúpido termo "Resistência". Algo que soa como altamente romântico. A maioria que aderiu ao termo são jovens ou pessoas maduras que não conseguiram superar a primeira fase do existencialismo de Kierkegaard, ou melhor, são mimados, esteticistas e sua vontade é prioridade diante dos outros. Theodore Dalrymple coloca isso muito bem em Podres de Mimados. O termo "Resistência" é tão ilógico, do ponto de vista histórico, que os movimentos de resistência foram formados em lugares onde não existia a democracia. Fica evidente a visão romântica que atrai jovens e adultos patéticos (pathos) que se dizem "resistência" colocando na mesma frase (ou pensamento) o que seu horóscopo diz ou na sua resistência em se emancipar de seus pais. Foi engraçado e alarmante a quantidade de garotos e garotas chorando depois da eleição estar com o resultado definido. Vejam o vídeo e reparam na histeria coletiva.


É surreal e não se esqueçam: "meia dúzia de gafanhotos sob um arbusto fazem o campo ressoar com seu inoportuno barulho, enquanto milhares de magníficas cabeças de gado repousam sob a sombra do carvalho inglês, ruminam e permanecem em silêncio, por favor não imaginem que aqueles que fazem barulho são os únicos habitantes do campo". Edmund Burke - "Reflexões Sobre A Revolução na França", 1790

Os gafanhotos estão nas universidades cerceando todo pensamento diferente do seu. Estão na imprensa que considera um pai de família com um 38 uma ameaça, mas não o bandido com uma Ak-47. Rafael Rosset conseguiu sintetizar isso muito bem, ou seja, como os progressistas alienaram e minaram as cabeças das pessoas:

"Quem se indignou com a defesa involuntária da jornalista Maria Beltrão do 'cidadão portando fuzil na favela' não acompanhou o que aconteceu no Brasil nos últimos 30 anos. Pra entender o fenômeno, vou me valer de alguns formuladores de opinião da esquerda, gente considerada culta e instruída no meio progressista. 

Leonardo Sakamoto, que é doutor em Ciência Política pela USP e professor de jornalismo, afirmou em coluna publicada em seu blog em junho de 2012 que 'ostentação em um país desigual como o nosso deveria ser considerado crime pela comissão de juristas que está reformando o Código Penal. Eles não estão propondo que bulling (sic) seja crime? Ostentação é mais do que um bulling entre classes sociais. É agressão, um tapa na cara'. 

Cynara Menezes, que é jornalista e por muitos anos foi colunista da Carta Capital, a revista do amigo-irmão do Lula, Mino Carta, disse, na mesma linha: 'acho simples evitar arrastões. Se você tem medo de arrastão, não vá à praia. Se for, não leve nada, só o necessário, ou vai pagar de TROUXA'. 

Já Márcia Tiburi, que é Ph.D em Filosofia, professora do Mackenzie e autora de diversos best sellers entre o pessoal da esquerda, além de filiada ao PT, cravou, em entrevista ao programa Espaço Público em dezembro de 2015, que existia uma 'lógica no assalto'. As palavras dela: 

“É também complicado você dizer eu sou a favor, eu sou contra [o assalto]. Se eu disser que eu sou a favor… Por exemplo, eu sou a favor do assalto. Não… eu penso assim: tem uma lógica no assalto, uma lógica no assalto. Eu não tenho uma coisa que eu preciso, eu fui contaminado pelo capitalismo… Começa a pensar do ponto de vista da inversão. Eu não vou falar em termos do que que eu sou a favor porque assim.. é… tem muitas coisas que são muito absurdas.. Se você vai olhar a lógica interna do processo (inaudível) sabe que isso seria justo, dentro de um contexto tão injusto.” 

E em artigo para a Revista Cult de junho de 2018, ela aprofunda a 'lógica', chamando o roubo de forma de 'aquisição de propriedade': 

"Mas a reflexão que devemos operar também envolve entender uma economia política que produz desigualdade, acumulação por exploração do trabalho alheio, bem como a apropriação indébita das riquezas imateriais, materiais e naturais que deveriam ser do “comum” em uma sociedade." 

Para a esquerda, acumular capital é crime. Logo, o sujeito que assalta simplesmente redistribui renda por ação direta. O roubador é um ativista anticapitalista que age em legítima defesa contra o sistema. É um soldado na guerra por um mundo melhor e mais justo, e suas "vítimas", na melhor das hipóteses, são meramente danos colaterais. Ele, na verdade, faz um bem à sociedade, e, em assim sendo, admitir a possibilidade de que possa ser morto (ou mesmo encarcerado) por isso é um acinte à mentalidade progressista. *

Maria Beltrão não é militante de esquerda, e eu acredito que ela sequer se qualificaria como progressista. Mas ela se criou no mesmo líquido amniótico que pariu a pós modernidade, e que subverteu, no mais das vezes inconscientemente, a maneira de ver o mundo de todos nós aqui. Ela própria deve estar chocada com a repercussão de sua fala, já que pra ela é natural desresponsabilizar os indivíduos e culpabilizar entes imateriais que ninguém nunca viu, que não tem endereço nem CPF, como "a sociedade", "o mercado", "a classe média", que são os fatores que corrompem o ser humano bondoso, que é "obrigado" a delinquir pela maldade do mundo. Ela simplesmente É INCAPAZ de deixar de ver o traficante e o assaltante com simpatia e a polícia com ojeriza, embora, em virtude de seus próprios méritos e competência (o que contradiz, empiricamente, a narrativa de exploração capitalista), ela seja um alvo dos primeiros e dependa da proteção diária dos segundos. 

Estamos, quase todos, contaminados pela Síndrome de Estocolmo impingida por 30 ou 40 anos de hegemonia progressista. Quebrar isso vai levar, no mínimo, outro tanto."

* grifo do nosso blog

Mentiras e criticas estão ocorrendo sobre a indicação de Ministros no Governo Bolsonaro. Criticam um General renomado no MD, um Economista renomado no Ministério da Fazendo (será chamado de Economia), um Cientista do ITA e Astronauta no Ministério de Ciência e Tecnologia e agora um Juiz conhecido pelo seu combate a corrupção e ao crime organizado no Ministério da Justiça. Digo mais, Jair Bolsonaro não deve se preocupar com as críticas da esquerda, mas deve explicar a população a sua intenção, a qual até agora foi a de não criar feudos partidários nos ministérios. Se considerar a crítica da esquerda, a mesma continuará pautando, mesmo estando fora do poder.

Portanto, é chegado o tempo da realidade. Tempo de romper as amarras da inferioridade que constrói escravidão psicológica sobre as minorias, privando as de todas as oportunidades de melhorar. Se as minorias não conseguiram avanços, foi porque era pertinente mantê-las acorrentadas. Precisamos da volta do "tempo da cavalaria" onde os valores morais eram pautados pelos indivíduos. Tocqueville dizia que um lorde ou uma dama podiam emprestar seu nome a uma ou outra causa, mas geralmente eram homens e mulheres sem grandes riquezas ou precedências sociais que as iniciavam, dirigiam e financiavam. Atualmente toda essa iniciativa foi suprimida pelo discurso política. As ONG substituíram o individuo nas questões filantrópicas, muitas usam de seu prestígio para promover reformas sociais e legais, contudo sabemos como a maioria das ONG funcionam, ou seja, sobre as rédeas de algum partido político ou padrinho político. Quando isso ocorre é normal acontecer a ascensão de certas religiões, como os evangélicos e parte considerável dos católicos apoiando Bolsonaro. Isso também ocorreu com os metodistas Wesley na Inglaterra.

Mas lembrem-se: toda PRUDÊNCIA é pouco!

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