O PORQUÊ DE NÃO LEGALIZAR AS DROGAS

VAMOS FALAR A VERDADE SOBRE DROGAS, OU QUER CONTINUAR MENTIDO PARA OS DESINFORMADOS?




Com a Intervenção Federal no Rio de Janeiro, muitas pessoas vêm se perguntando o porquê de não legalizar as drogas, já que o comércio ilícito é um dos grandes ativos de bandidos. Cabe ressaltar que esse tema é bastante complexo e envolve vários princípios, a pesar de determinados grupos levarem o debate ao reducionista provocando uma desonestidade intelectual com aqueles que vivem na superficialidade na questão. Iniciaremos com a seguinte premissa "O CONSUMO DE DROGAS É PREJUDICIAL À HUMANIDADE". Para isso indicaremos alguns livros e pedimos que colaborem com a gente comprando pelos nossos links abaixo:




Para valorizar nosso texto, iremos citar alguns dados fornecidos pelo o psiquiatra Sérgio de Paula Ramos, ex-presidente da Associação Brasileira de Álcool e Outras Drogas (Abead), e a psicóloga Iane Kestelman, presidente da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA). Além deles colocaremos algumas matérias já veiculadas em jornais, alguns outros pesquisadores e seus estudos e a resolução do CONAD - Conselho Nacional de Política sobre Drogas. A nova resolução encontra-se no link (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4345.htm?TSPD_101_R0=81e8ca444b664310d2b86dbb5111442dxXs0000000000000000700ad7baffff00000000000000000000000000005ab7f7510019000348). Primeiramente queria abordar um aspecto bastante significativo que será apresentado ao longo do texto. Existem pessoas de direita e esquerda que apoiam a legalização ou regulamentação das drogas. De um lado percebemos Liberais usando a teoria de Friedman que usa o mercado e direitos individuais e de outra a esquerda que acredita que a violência é gerada pela repressão ao comércio e que muitos partícipes acabam sendo levados ao mundo da violência por falta de oportunidade. Aqui tentaremos mostrar um diferente ponto de vista, tanto para a questão filosófica liberal (https://www.youtube.com/watch?v=-shwabBMEXQ), tanto para a questão social da esquerda.




Primeiramente gostaria de expor o seguinte ponto da resolução: "O uso indevido de drogas constitui, na atualidade, séria e persistente ameaça à humanidade e à estabilidade das estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e culturais de todos os Estados e sociedades” (Assunto acordado durante a Sessão Especial da Assembléia Geral das Nações Unidas, com a participação do Brasil, para tratar do "Problema Mundial das Drogas", em 07 de junho de 1998, e constante da Declaração Conjunta dos Chefes de Estado e de Governo ali presentes), ou seja, "O CONSUMO DE DROGAS É PREJUDICIAL À HUMANIDADE". É de grande relevância pararmos com a cultura de glamourização ou romantizar o uso de drogas. As substâncias são totalmente prejudiciais à saúde e seus benefícios são irrelevantes comparados aos males que as mesmas proporcionam. A exemplo citamos a Maconha que apresenta o Canabidiol como substância benéfica em vários tratamentos, contudo a Maconha é ruim, mesmo que o extrato da erva possa ofertar 40% de Canabidiol. O interessante desse argumento é que em décadas passadas o tabaco era também apresentado como substância com valor terápico. Hoje sabemos a quantidade de males que o cigarro produz. O tabaco também era associado a questões sociais através de esportistas, lindas mulheres (inclusive o fato de inclusão delas na sociedade e o direito ao voto) e a comprovação de especialistas... Tudo para aprovar uma política de consumo diante uma droga. Celebridades, políticos e diferentes classes dos mais variados espectros tinham representatividade no consumo do cigarro. Até a filósofa Ayn Rand em seu livro “A Revolta de Atlas” apresenta o cigarro com representatividade.

Outro ponto da resolução: "Questão de relevância, na discussão dos efeitos adversos gerados pelo uso indevido da droga, é a associação do tráfico de drogas ilícitas e dos crimes conexos, geralmente de caráter transnacional, com a criminalidade e a violência. Esses fatores ameaçam a soberania do País e afetam a estrutura social e econômica interna, exigindo que o Governo adote uma postura firme de combate a tais ilícitos, articulando-se internamente e com a sociedade, de forma a aperfeiçoar e otimizar seus mecanismos de prevenção e repressão e garantir o envolvimento e a aprovação dos cidadãos.”. A resolução não apresenta qual droga promove o tráfico ilícito. Ela apenas tipifica o tráfico ilícito de drogas. A Souza Cruz tem como maior concorrente o tráfico ilícito de cigarro. A empresa acredita que 48% do cigarro comercializado no país tem origem ilegal (http://www.souzacruz.com.br/group/sites/SOU_AG6LVH.nsf/vwPagesWebLive/DO9YDBCE) (https://www.prf.gov.br/portal/noticias/regionais/pr/preso-pela-prf-cantor-sertanejo-dirigia-carreta-com-350-mil-macos-de-cigarro-contrabandeados). Poderia colocar várias páginas sobre contrabando, mas coloquei só essas duas para ilustrar nosso pensamento. Gostaria de fazer uma pergunta, será que a legalização da maconha não teria o mesmo concorrente, trazendo a questão do contrabando de cigarros? Será que esse tráfico ilícito não fortaleceria narcotraficantes que apoiam essas republiquetas esquerdistas que sempre tiveram no tráfico uma plataforma econômica para sustentar a propaganda de suas políticas?

Vamos para um outro ponto da resolução: "Um fator agravante é a tendência mundial sinalizadora de que a iniciação do indivíduo no uso indevido de drogas tem sido cada vez mais precoce e com utilização de drogas mais pesadas. Estudos realizados no Brasil a partir de 1987, pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas - CEBRID, confirmam o aumento do consumo de substâncias psicoativas entre crianças e adolescentes no País. Segundo levantamento realizado pelo CEBRID em 1997 (Carlini, E.A., José Carlos F. Galduróz e Ana Regina Noto. IV Levantamento sobre o Uso de Drogas entre Estudantes de 1o e 2º Graus em 10 Capitais Brasileiras – 1997. UNIFESP/CEBRID, São Paulo, 1997), o percentual de adolescentes do País que já consumiram drogas entre 10 e 12 anos de idade é extremamente significativo - 51,2% já consumiram bebida alcóolica; 11% usaram tabaco; 7,8% solventes; 2% ansiolíticos e 1,8% anfetamínicos. A idade de início do consumo situa-se, entre 9 e 14 anos. A situação torna-se mais grave entre crianças e adolescentes em situação de rua. Levantamento realizado em 1997 (Carlini, E.A., Ana Regina Moto, José Carlos F. Galdoróz, Rita Mattei, Solange Nappo. IV Levantamento sobre o Uso de Drogas entre Crianças e Adolescentes em Situação de Rua de Seis Capitais Brasileiras – 1997. UNIFESP/CEBRID, São Paulo, 1997), em seis capitais  brasileiras (Percentuais de uso de substâncias psicoativas por crianças e adolescentes em população de rua – 88,6% em São Paulo, 86,6% em Porto Alegre, 86,7% em Fortaleza, 89,9% no Rio de Janeiro, 90,2% em Recife e 87,5% em Brasília), demonstrou que, em média, 88,25% dessa população fez uso na vida de substâncias psicoativas, sendo que as drogas mais usadas, três delas consideradas lícitas, foram o tabaco, os inalantes, a maconha, o álcool, a cocaína e derivados.”. Gostaria de salientar uma reflexão sobre esse trecho da resolução no qual todas essas substâncias apresentadas ou são proibidas em comercialização para menores ou são proibidas a comercialização para a sociedade. As normas não impedem o consumo e é nessa aspecto que a psicóloga Iane Kestelman, presidente da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA) se faz presente. De acordo com a psicóloga o número de pessoas com algum déficit de atenção é grande e vem crescendo na medida das melhorias de diagnósticos, sendo que o TDAH favorece o consumo de drogas. É quase desumano introduzir campanhas de marketing favorecendo o consumo de drogas que proporcionam a perda de atenção no cotidiano. Alguém iria operar com um médico que usa algum tipo de droga, mesmo que seja de caráter recreativo? Ou entraria num ônibus sabendo que o motorista também faz uso de algum entorpecente? Portanto é um ledo engano achar que a proibição aumenta o consumo. Pensar assim é desconsiderar toda a área acadêmica de marketing. A liberação aumenta muito o consumo cerca de 10x mais, segundo o psiquiatra Sérgio de Paula Ramos. Muitos liberais comentam o fato da Lei Seca Americana e que a mesma gerou grandes mafiosos, mas eu pergunto: Será que os mafiosos só usaram do fator da proibição para obter lucro? Alguns liberais também falarão sobre a Califórnia e sua política de liberação, contudo não irão falar sobre a área de Skid Row que virou uma grande cracolândia. Fotos: LATimes




      A área em questão já apresentava degradação, o que só facilitou a implementação do comércio de drogas. (http://www.dailymail.co.uk/news/article-5214593/Christmas-Day-2017-Downtown-Los-Angeles.html) (http://www.latimes.com/local/lanow/la-me-ln-un-skid-row-20171211-story.html) (https://www.usnews.com/news/best-states/washington/articles/2017-12-13/ap-photos-drugs-rule-skid-row-area-of-downtown-los-angeles) - Este último link me fez pensar sobre um livro de Aldous Huxley, Admirável Mundo Novo. O livro é uma distopia onde uma droga (SOMA) é usada para livrar as pessoas da realidade. Será que é isso que ocorre em regiões mais carentes, ou seja, essa população é levada ao consumo de drogas para aliviar sua angústia e aflição? O psiquiatra Sérgio de Paula Ramos, ex-presidente da Associação Brasileira de Álcool e Outras Drogas (Abead), diz que em 14% dos casos de consumo de drogas leves leva ao consumo de drogas mais pesadas. Já a psicóloga Iane Kestelman comenta sobre a aflição familiar que um drogado gera, caindo assim toda a sustentação ética liberal sobre o consumo. É claro que o ponto que o Estado não pode lhe obrigar a ingerir ou não ingerir algo ou a ter determinado comportamento, porém o contrato social gerado na relação de consumo prejudica outras pessoas, saindo assim do aspecto individualista. Esse aspecto prejudicial vai desde sequelas familiares, com casos de morte, até o fato de aumento de impostos para auxiliar essa população de usuários. Para ter uma idéia, o psiquiatra Sérgio de Paula Ramos comenta que a Abead fez levantamento onde constatou que a indústria do Álcool é responsável por 3% do nosso PIB, porém o gasto generalizado com o consumo de álcool, que vai desde tratamentos e intervenções até a ocorrência de acidentes, chega a 6%, gerando um déficit na balança. 

Outro aspecto seria no campo democrático. O que a maioria das pessoas pensa sobre a legalização ou a regulamentação de drogas? Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas, quase 71% da população é contrária a legalização da maconha e 84% é contrária a legalização da cocaína. (http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/justica-e-direito/legalizacao-das-drogas-e-rejeitada-pela-maioria-da-populacao-brasileira-9xqdl0hsmyrjm9ukaexfn7yrx). Já para o Ministro do Supremo Luis Fernando Barroso a política contra as drogas está falhando, porém não comenta os processos dessa política e muito menos comenta o fato que sempre existirá o crime, vide exemplo acima sobre o cigarro (https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/11/15/em-artigo-barroso-diz-que-legalizacao-das-drogas-e-necessaria-para-derrotar-faccoes.htm). O nobre Deputado Jean Wyllys também já comentou sobre o assunto (https://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2014/04/30/maconha-deve-ser-legalizada-e-traficantes-da-droga-anistiados.htm). Para o Deputado a maconha deve ser liberado e os traficantes anistiados, o que torna a ideia do Deputado uma piada tendo em vista que a vende de droga é apenas um ativo dos bandidos, inclusive o roubo de cargas no Rio já se tornou mais rentável (https://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/roubo-de-cargas-no-rj-bate-recorde-em-2017-18012018) (https://extra.globo.com/casos-de-policia/faccoes-ja-tem-gerentes-de-roubo-de-cargas-faturamento-superior-ao-do-trafico-de-drogas-21285944.html). Vale ressaltar que o roubo de carga vai desde doces variados (conforme matéria) até o roubo de eletrônicos gerando um prejuízo de R$ 6 bilhões. Imagina um carregamento de maconha sendo roubado? Enquanto temos os EUA tentando diminuir o açúcar e a nicotina no cigarro, aqui estamos na política do “liberal geral” (https://www.antidrogas.com.br/2018/03/20/eua-planejam-diminuir-quantidade-de-nicotina-do-cigarro/), porém sendo ludibriados por discursos sobre a Califórnia e Colorado (Um estudo realizado usando controle sintéticos por Alberto Abadie está se concretizando ao provar que a legalização não tem relação com a criminalidade. Neste estudo ele usa sintéticos para comparar o Colorado a outros estados que não assumem essa política e os resultados apresentam que o Colorado está na média nacional de criminalidade, mesmo após a legalização). Muitos daqueles que pedem a regulamentação esquecem da contrapartida dessa política. De fato o problema, pois é isso que a droga trás (PROBLEMA), será transferido da Justiça para Saúde. Nosso SUS não consegue fazer um Raio-X, portanto é ficcional as políticas “progressistas" sobre a liberação. Já ouvi até depoimento da Tábata Amaral, do movimento ACREDITO (financiado por milionários http://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/nao-acredito-mais-um-movimento-de-bilionarios-em-prol-da-esquerda/) dizendo que um amigo foi para uma clínica de reabilitação em outro pais e que voltou bem, gerando a idéia que o Estado brasileiro poderia financiar isso, o que torna uma piada de mau gosto a todos os pagadores de imposto ao financiar essa política hedonista exagerada. “Faz mais sentido tratar uma pessoa doente no sistema de saúde do que no prisional”, afirma o médico português João Goulão, 56 anos, presidente do Conselho de Administração da Agência Europeia de Informação sobre a Droga (OEDT) e do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT) de Portugal. Para o especialista, só descriminalizar o consumo não resolve. “O fenômeno da droga tem de ser abordado por um órgão, a Justiça ou a Saúde. Não podemos retirá-la da Justiça e não ter as respostas da Saúde”, diz ele, que há 30 anos trabalha na recuperação de viciados.

  A vulgarização e a banalização do consumo ocorrerá da mesma forma que ocorre com o Tabaco e o Álcool. Cada vez mais crianças irão consumir e os efeitos colaterais serão dos mais variados, sendo que a médio e longo prazo o uso faz com que o usuário perca sua liberdade de escolha, ou seja, sua autonomia para escolher ou para fazer uma escolha racional, bem como a formulação de um pensamento. Quando o hábito de fumar maconha começa cedo, os efeitos tornam-se quase certos de aparecerem, principalmente efeitos psicóticos (https://veja.abril.com.br/saude/fumar-maconha-5-vezes-na-vida-ja-aumenta-risco-de-psicose-diz/). Segundo estudo promovido pelo Senado Brasileiro e realizado em 27 capitais (http://www.aberta.senad.gov.br/medias/original/201704/20170424-094329-001.pdf), cerca de 11% das crianças de rua usam maconha diariamente. Será que elas terão alguma perspectiva na vida? Ou faremos como sugere o Deputado Jean Wyllys, vamos anistiar o traficante que vende maconha para essa criança? Aqui cabe perguntar se a moralidade do traficante anistiado iria mudar, ele deixaria de ter comportamento errado ao ter uma das atividades regulamentadas? Segundo o mesmo estudo "embora as tendências referentes aos padrões de consumo sejam específicas a cada segmento da população, elas não devem ser generalizadas, de forma simplista, como característica intrínseca de um determinado segmento, como: idade, classe social, gênero, profissão etc. Um exemplo de generalizações que ocorrem nesse âmbito é a inadequação das políticas destinadas às necessidades e aos padrões de uso de drogas exclusivamente por adolescentes, adultos e população idosa. Esses diferentes segmentos, a depender da localidade em que vivem, do gênero e/ou da classe social, têm características, hábitos e necessidades específicas, os quais devem ser levados em conta em qualquer política pública.”. 

Muito da política sobre drogas não tem participação ou tem pouco das famílias e de ex-drogados. Um estudo da Profa. Dra. Diana Tosello Laloni – docente da Faculdade de Psicologia da PUC-Campinas – mostra exatamente o fator da família que é prejudicada. "A cocaína, a maconha e as anfetaminas tiveram aumento no consumo na América do Sul e na Europa, e queda na América do Norte. O uso da droga tem efeito mimético, segundo Diana: "A cocaína, porém, não é a única droga que registrou aumento no consumo entre os brasileiros: a maconha, droga mais consumida no mundo, também cresceu. Apesar de o uso da maconha ter crescido em sete países da América do Sul, o aumento mais importante foi no Brasil. Ao mesmo tempo em que o Brasil fecha o cerco às chamadas drogas legais e socialmente aceitas – cigarro e álcool -, aumenta sobremaneira a tolerância com as chamadas drogas ilícitas. As pesquisas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul constataram que drogas como tabaco, álcool e maconha costumam ser a primeira dependência dos jovens que ficam reféns do crack e outras drogas; quanto mais cedo o contato com essas primeiras substâncias, mais vulnerável a pessoa fica. A busca por droga na adolescência e juventude tem início, em geral, com amigos e como uma brincadeira ou recreação. A permanência do uso está relacionada à busca de sensações diferentes e alívio de problemas enfrentados pelos jovens, que podem ter diversas origens, como familiares, relacionamentos sociais, desempenho escolar, isolamento social. Não há uma área de problemas que determine a busca por drogas, qualquer dessas dificuldades pode ocorrer e favorecer a busca de alívio do problema na droga. As drogas estão presentes nos ambientes sociais frequentados pelos jovens, e as famílias em geral estão preocupadas com isso e com a exposição de seus filhos às drogas. As famílias que refletem sobre isso, e que conversam entre si e com seus filhos sobre as drogas, ajudam na prevenção. Falar do assunto e conhecer o problema é um dos caminhos desejado. As famílias atuais nem sempre são constituídas no modelo pai, mãe e filhos. O número de membros pode variar conforme a organização possível, e isso não é o mais importante. O mais importante é que o jovem se identifique com a família, mantenha vínculos afetivos e tenha laços importantes com o grupo familiar, que haja respeito e confiança entre os membros. Os fatores de risco para o uso de drogas podem estar na família, na escola, no trabalho, no lugar de moradia e na sociedade. Todos esses fatores, em geral, estão relacionados. Quando a família toma ciência que seu filho está usando drogas é necessário que tenha calma, reflita sobre o que fazer, e busque ajuda se não souber como conduzir a conversa necessária. É importante identificar qual a droga que está sendo usada, buscar informações corretas e conversar com o membro da família de forma franca e sem ameaças. Conhecer a droga, saber como é usada, saber como é adquirida, saber se o uso é individual ou em grupo, são os primeiros passos, sempre com cautela e sem ameaças ou agressões. Ter conhecimentos básicos sobre o assunto é necessário, pois é preciso distinguir o uso recreativo do uso por dependência. O uso recreativo é eventual, em geral junto com amigos em situações sociais. A dependência pode ser psicológica ou química, identifica-se quando o jovem não consegue interromper ou diminuir o uso, quando busca o consumo mesmo sem estar em situações sociais, quando preocupa-se constantemente em adquiri-la e abandona amigos que não usam droga, abandona atividades como escola, trabalho, esporte. A dependência química em especial com algumas drogas, trazem sensações desagradáveis, quando o usuário está em abstinência.”

Ramirez e Rocha (Ramirez, H.D.C. e Rocha, M., Relações entre o uso de drogas na adolescência e família, Pós-Graduação de Saúde Mental, do Alto do Vale do Itajaí, 2016.) num estudo de revisão sobre uso de drogas e famílias concluiu que o início precoce do uso das drogas na adolescência se trata de um fenômeno complexo de multicausalidade. A família tanto pode ser um fator de risco ao uso de drogas como um fator de proteção para a prevenção do uso. É necessário que sejam realizadas orientações sobre a questão das drogas com os adolescentes e familiares com o objetivo de prevenir o uso. Marcon, S.R. e outros (Marcon, S.R. e outros, Contexto familiar e uso de drogas entre adolescentes em tratamento, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drogas, 2015 11(3).) num estudo documental de usuários em um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPsAD) identificaram que a população é predominantemente masculina, com alta proporção de uso de maconha. A convivência familiar foi relatada como satisfatória, com maior dificuldade de relacionamento com a figura paterna e convivia com algum familiar usuário de droga. Nimtz, M. A. e outros (Nimtz, M.A. e outros, Impacto do uso de drogas nos relacionamentos familiares de dependentes químicos, Cogitare Enfermagem, 2014, 19(4).) estudaram o impacto nos relacionamentos familiares do dependente químico e concluíram que a dependência afeta os relacionamentos, prejudica a qualidade de vida do dependente e de seus familiares. Nos contatos clínicos com usuários de drogas diversas e suas famílias observa-se que as famílias reagem de diversas maneiras. No início, em geral, buscam ajuda para o tratamento do membro e resistem a aceitar que necessitam de ajuda também. As famílias oscilam entre acolher o filho ou rejeitar, conversar e refletir ou ameaçar com internação. Diante dessas mudanças é aconselhável que as famílias sejam acompanhadas, pois a regularidade no cuidado, a clareza com as regras de convivência e a constância nas proposições são fundamentais para o tratamento do jovem usuário de droga.

Aqui em encerro comentado que essa política só atende a classe média que não corresponde a metade dos usuários de maconha. Essa mesma classe é que abarca liberais e progressistas nessa corrente uníssona, independente do viés ideológica, mas que já percorremos alguns dados mostrando os efeitos perniciosos da Maconha. De fato corroboro com a ideia no Ministro Barros, em partes, que a política antidrogas é ruim, até porque não sabemos o que queremos, mas a regulamentação não diminui a criminalidade é um fato, comparemos com o Uruguai que não consegue diminuir a criminalidade, mesmo obedecendo as diretrizes ideológicas progressistas (https://g1.globo.com/mundo/noticia/legalizacao-da-maconha-nao-diminuiu-trafico-no-uruguai.ghtml) (https://exame.abril.com.br/mundo/legalizacao-da-maconha-nao-diminuiu-trafico-no-uruguai/). Ou podemos pegar exemplos mais antigos (https://www.publico.pt/2018/02/21/mundo/noticia/holanda-em-risco-de-se-tornar-um-narcoestado-1803794) (https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2018/02/20/policia-denuncia-narco-estado-na-holanda-por-aumento-do-crime-organizado.htm). Lembremos que questões epidêmicas não possui aspecto relativo ao fato da regulamentação, mas a situação cultural a qual o país passa, bem como a droga abordada. A maconha abre caminho para outras drogas, assim como o álcool abriu para maconha. Em dez anos a cidade de Nova Iorque fez 900 mil detenções relacionadas ao consumo de crack. Será que a legalização da maconha abriria precedente para legalizar outras drogas daqui a 100 anos por exemplo, como o caso do tabaco nas décadas de 20 e 30 e a semelhança com maconha nos dias de hoje, já que naquela época o tabaco também era terápico e associado ao social? (https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2017/06/13/nos-eua-epidemia-das-drogas-levou-a-900-mil-detencoes.htm)


Comentários

Mais Lidas

VIKTOR FRANKL

ÉTICA NO ILUMINISMO