O SHOW DA VIDA MIMIMI...



A PROBLEMATIZAÇÃO DE TUDO

          Estamos passando por tempos sombrios onde qualquer coisa falada ou escrita deve atender preceitos pré definidos por grupos de minorias. Que chato, vou cumprir isso porque alguém quer combater a minha liberdade de expressão (risos de cantinho de boca). Minorias essas que não se setem à vontade com nada, alias o termo central da questão é “sentir”. Nada esta fora do sentimento (como bem descreve Theodore Dalrymple), o objetivismo foi escanteado e a ética tornou-se relativa. Quando alguma minoria tiver “sentimento” avesso ao tema do assunto, é o momento para começar o mimimi... Ainda tem os porta-vozes ou os procuradores que se dizem capazes de representar essas minorias. Lembrando que o mimimi é apenas para os contrários, se algum “cumpanheiro” perguntar onde estão as mulheres de grelo duro, no máximo irão rir (algumas até levantarão as mãos).



Neste último fim de semana teve a mais descarada blitz já realizada. O programa do Fantástico (Vai Show da Vida! Vai ser gauche na vida.) mudou um dos seus quadros devido a um post, um mísero post numa Rede Social. O cantor Gusttavo Lima tinha sido convidado para um quadro com espaço de 15 minutos no programa, mas retiraram 4 minutos devido ao seu post que refletia sua opinião, na sua rede social e para seus fãs. A opinião, em síntese, contida no seu post foi sobre ser contrário ao desarmamento. Tenho uma péssima notícia: essa não foi a primeira e não será a última vez que alguém passou por uma blitz do Politicamente Correto, alias o mundo esta chato de tanta politização. Tudo é problematizado e politizado. Filmes, editoriais, revistas em quadrinhos, cabelos e adereços (essa é a pior), termo usado por juiz, piadas, etc. Porém toda essa Blitz só visa um lado, o lado contrário à toda essa politização. A minoria mimizenta não passa por essa blitz, primeiro porque não vemos essa problematização ridícula, o que vemos são valores morais e éticos corrompidos. Segundo, todo esse mimimi é chato demais. Toda essa politização forma uma geração de mimados, a qual alguns teóricos batizaram de Flocos de Neve e que ninguém aguenta.
             Particularmente eu acho que a Globo pode passar o que quiser e a porcaria que bem entender, assiste quem quiser (eu gosto de Netflix), porém não deve se autointitular imparcial ou que possui valores morais e éticos ilibados, pelo contrário. O Grupo Globo vem descartando profissionais que apresentam argumentos contrários ao grupo da “lacração”. A última vítima foi o jornalista Guilherme Fiuza que não escreve mais para Época e não tem mais coluna no O Globo. Voltando ao assunto do Fantástico, pegamos a mentira justamente quando a emissora gera dúvida quanto a opinião do cantor e coloca assuntos polêmicos que possuem certa ambiguidade, assim devido a atmosfera gerada a opinião do cantor ficou desmerecida (só por aqueles que não possuem filtro mimimi), sem falar que a opinião do cantor representa a maioria da população, o que foi comprovado por referendo e que o modelo democrático foi desrespeitado pelo Congresso Nacional, mais uma vez. Para explicar melhor, a Globo falou sobre a onda de violência e a intervenção federal no Rio e jogou a opinião do cantor como se o fato dele ser contra o desarmamento aumentasse a violência ou que inferisse em algo para justificar a intervenção. Reparem na fala da apresentadora:



“Esta matéria foi feita antes do cantor publicar uma opinião controversa nas redes sociais”. 

Traduzindo: “se soubéssemos que ele é pró-armas, não teríamos deixado nem ele entrar no Projac”.

           O vídeo está ai, tirem suas conclusões.
        Perceberam que ao mesmo tempo que ela critica, ela também tenta passar uma ideia da sua imparcialidade, até ofereceu algum tempo para o cantor se posicionar? Isso tudo foi no mesmo dia que o programa apresentou matéria sobre FakeNews. Logo a Globo fazendo matéria sobre FakeNews. Ela que faz autofagia da notícias da CNN, NY Times e Washington Post. Globo falando sobre FakeNews é igual petista falando em combate à corrupção!
        Vamos lembrar algumas problematizações, lembrando que toda essa problematização não é sobre o que você fala ou ao que você faz, mas quem faz ou quem você é. Neste Carnaval tivemos o Catraca Livre falando que não poderia se fantasiar de Índio. Inclusive tinha um índio usando seu celular, numa rede social dizendo que índio não é fantasia. Imagine você se todos que possuem certa imagem característica criticasse quem se fantasiasse com sua imagem, uma freira de lingerie por exemplo ou um médico, um policial... Se vestir de Jesus com crucifixo no ânus pode? Não ofende? Outra problematização foi quanto as axilas de Gal Gadot no filme Mulher Maravilha. Muitos problematizaram dizendo que em determinada época as mulheres tinham pelos nas axilas. Meu Deus... Deixem o sovaco da Gal Gadot em paz. Mais outra nos cinema, o Capitão America foi chamado de viril demais. Com certeza essa pessoa que fez a crítica não viu Conan ou Guerreiros de Fogo! A última sobre filmes foi do Mídia Ninja, onde reclamou que os dubladores do filme Pantera Negra são todos brancos. Nossa! Os dubladores são tão conhecidos que muita gente deve pedir autógrafos e essas pessoas não conseguem se locomover em áreas publicas tamanho o assédio dos fãs. A Socialista Morena já problematizou as revistinhas da Turma da Mônica. O seriado Friends também foi problematizado, o pior por uma pessoa que não tinha nascido quando começou a série. Nos últimos dias uma mulher, Yasmim Stevam, foi ao programa da Fátima "lacração" Bernardes e disse que não conseguia emprego por motivo do cabelo. Conclusão, a internet não perdoa e não esquece de nada então foram achadas fotos da referida, que seria uma modelo, que diz em uma das suas fotos: "deixei o cabelo crescer por causa de alguns jobss". Perceba a necessidade de se vitimizar, de promover o discurso mimimi. Esse discurso tem resultados bizarros como a Ministra que disse que deveria acumular salário e receber R$ 60.000,00, caso contrário seria trabalho escravo ou sobre a afromatemática. Quem não lembra do caso que uma menina com câncer estava usando um turbante e recebeu uma enxurrada de críticas e comentários repugnantes onde alguns diziam que ela estava se apropriando de uma cultura. Para começar turbante veio da Pérsia e da Índia. Pérsia que hoje é o atual Irã, alguém sabia que o Irã faz parte do mito indo-europeu? O mito da raça ariana, assim como os Brâmanes na Índia onde existe uma teoria que a casta foi criada pelos arianos invasores. E ai, vamos continuar e dizer que turbante veio do ariano? Imagino que se continuasse o papo chegaríamos ao ponto de Godwin.
         Essa geração Flocos de Neves quer implementar a mimimicracia. O absurdo foi o G1 noticiando que uma feminista queria cortar cabelo na barbearia, tem dúvida que ela criou caso? Ela não poderia ir ao salão? Já reparou que esse pessoal deseja que o mundo mude por causa deles? Geralmente se ofendem por tudo, até porque não existe problemas como Guerras, procura de abrigo, comida ou qualquer coisa do tipo. É só abrir a geladeira e voltar para a paz da casa do papai. Assim possuem a necessidade de criar problemas na vida, precisando se sentir parte de uma minoria ofendida e tentar provar para alguém que o Capitalismo também é ruim para eles, pois esse é o sentimento (olha o sentimento de novo, Dalrymple mijando na cabeça deles). Todo esse sentimento não passa de uma mera necessidade estética, pois para essa galera não cola um discurso econômico, racial ou classista, eles precisam de mais. Atendem ao discurso da Escola de Frankfurt. Parece bem óbvio na medida que esse pessoal não consegue comparar a realidade à sua narrativa. Alguém realmente acredita que atravessaram a rua para desviar do filho da Taís Araújo porque ele é negro? Alguém atravessaria a rua por causa da cor de uma CRIANÇA? Talvez a pessoa atravessou para simplesmente chegar ao outro lado, mas o discurso é o que vale. Agora, você conhece alguém que faria isso? Se conhece ele é racista, mas tenho certeza que a maioria disparada não faria isso, ainda mais sabendo que é filho de um artista. Não é a mesma coisa que a cena do Filme Crash onde dois negros andando pela rua estavam falando que os brancos iriam desviar por racismo e medo de serem assaltados, e realmente são assaltados, mostrando uma hipocrisia absurda que da margem a toda uma vitimização dos bandidos.
           Geralmente essas pessoas atendem a dialética oriunda do hegelianismo numa sociedade em que todos acham que tem direito, o próprio Jordan Peterson diz isso. Então com a dialética hegeliana a mulher vai a barbearia querendo que eles cortem cabelos de mulheres. A barbearia é especializada e barba e cabelos de homens, por que ela não foi ao salão???? Claro, na dialética hegeliana temos a tese, uma antítese e a síntese. A tese é uma premissa que em confronto com a antítese gera a síntese que será a tese de outra proposição. Então ela entrou numa barbearia, lugar especializado em atender homens, criando caso e achando que mudaria alguma coisa, algo além dela, uma causa, mas no final só problematizou. Isso é tão estúpido como apropriação cultural. Como falado acima, pessoas reclamando de turbante. Estamos num mundo Globalizado, imagina você virando para um negro e falando para ele que o uso da privada é apropriação cultural do homem branco. Não é ridículo? Ou falar para não usar calça jeans? O índio dizendo que não é fantasia, pelo celular numa rede social inventados por brancos. Pelo amor de Deus, vamos nos preocupar com a realidade.
           Vivemos num puritanismo absurdo onde não se pode nada porque uma blitz do politicamente correto virá policiar sua atitude. É mais fácil ser cristão seguindo os dez mandamentos do que ser politicamente correto, tem muita regra. Algumas desconhecidas porque atendem sentimentos e paixões. Até quem apoia esses grupos não escapa dessa blitz. Teve uma youtuber (odeio youtuber, não perca seu tempo e leia um livro) que tatuou o símbolo do feminismo negro e foi trucidada nas redes sociais. O corpo não é dela? Não poderia ser uma homenagem a luta? E no meio disso tudo essa mesma galera acha legal e artístico uma menina de 6 anos tocar num homem com a "giromba" de fora. Para isso precisou uma senhora abrir os olhos para realidade dos descoletes lacradores.


            Finalizando, essas pessoas colocam política em tudo. Acredito até que se uma pessoa dessas sair na rua e não conseguir problematizar, ela vai se matar. Também já sabe em quem elas votam. Parece que a página do Joselito Müller é levado a sério por esse pessoal. No país que um ex presidente, numa meio de uma audiência com o Juiz que é taxado como carrasco de petista, diz para não falar "denegrir" porque a comunidade negra não gosta, não é de se espantar com mais nada. Se nos colocarmos na posição das pessoas e compararmos todo esse discurso, percebemos que não precisamos passar pela experiência para saber que isso é uma sandice. É lógico que existe racismo, machismo e vários outros "ismos", todos são babacas, mas o fato é que todo mundo iria atravessar a rua ao perceber duas pessoas vestidas de forma a esconder rosto ou qualquer outra característica e você estando sozinho. Assim como você atravessaria se percebesse um grupo de brancos, em pela luz do dia, cheio de tatuagens e suásticas tatuadas, com roupas militares. Hoje é complicado porque existe um romantismo em volta das periferias e comunidades e o rapaz de classe média adora se vestir igual, ter as mesmas gírias, costumes e outras coisa, assim se você se comporta como um maloqueiro, será tratado como maloqueiro. Tanto é que difícil hoje é saber quem é terrorista, porque não possuem mais costumes árabes. Em falar em árabes, uma Igreja proibiu as missas num tom mais alto porque os refugiados árabes acolhidos pela Igreja poderiam se ofender. Ou seja, a pessoa foge do seu país árabe, é acolhido na Igreja que não pode rezar alto porque o árabe irá se incomodar? O Canadá esta mudando o hino para atender o politicamente correto. Imagina no Brasil, "dos filhos deste solo és mãe gentil..." Como ficaria os "filhos" e "mãe", filhos e filhas ou filhxs? E mãe, se forem dois pais? Não temos como agradar a todos e, particularmente, só retardado se ofenderia com isso.  Ninguém aguenta mais esse mimimi, pois as problematizações são de cunho sentimental e fazem a opinião pública esquecer os problemas reais. No Rio os órgãos e ONG estão problematizando quanto a atuação das Forças Armadas, mas nunca problematizaram sobre ações dos traficantes. Esse é o nível que estamos!





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